sexta-feira, 28 de outubro de 2011

9ª FESTA INTERNACIONAL DO CHURRASCO

Prefeitura de Bagé está com quase tudo pronto para a realização da 9ª edição da Festa Internacional do Churrasco. Neste ano, o evento conta com shows nativistas, a já tradicional festa campeira e muito churrasco no Parque do Gaúcho. Uma das novidades deste ano é que mais de dois mil quilos de carne serão distribuídos para a população, em troca por um quilo de alimento não perecível.


Na parte artística, a programação tem como atrações principais os shows de Luiz Marenco, Joca Martins e Volmir Martins. Além destes, grupos e artistas de Bagé e região também farão apresentações durante os três dias de festa.



PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA DA 9ª FESTA INTERNACIONAL DO CHURRASCO

Sexta-feira 04/11

Manhã 12:30

Almoço do Funcionário Público

Fernando Santos e Grupo Sul e Canto (Galpão de

eventos)

Noite

22:00 Show Herança Fronteira (Galpão de eventos)

23:00 Show Joca Martins (Galpão de eventos)

Sábado

05/11

Tarde

17:00 Concurso de Trova (Galpão de eventos)

Noite

21:00 Tarciane Tebaldi(Galpão de eventos)

22:00 Grupo À Moda Antiga (Galpão de eventos)

23:00 Volmir Martins (Galpão de eventos)

Domingo

06/11

Manhã

10:00 Tiago Correa (Concha Acústica)

11:00 Sonido d' Alma Gaucha (Concha Acústica)

12:00 Luis Marenco (Concha Acústica)

Tarde

14:00

Deise Veiga (Galpão de eventos)

Os tchês (Galpão de eventos)

Canto Nativo (Galpão de eventos)

Embalo Campeiro (Galpão de eventos)

Pedro Silveira (Concha acústica)

Grupo de Marca e Sinal (Galpão de eventos)

18:00

Zé Maria e Expresso da Vaneira (Concha acústica)

Alemão Preto (Concha acústica)

Anitas (Concha acústica)

Dança dos Facões (Concha acústica)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Do Modernismo em Bagé para o mundo






por: Cláudio Falcão


O Grupo de Bagé foi um grupo de artistas atuantes em Bagé e Porto Alegre, que forjaram a identidade artística do Rio Grande do Sul, dentro de um Brasil que projetava a arte do centro do país como identificadora da arte nacional.
Eles foram importantes para a atualização da arte sulina entre os anos 40 e 50. Sua atuação é reconhecida também como uma contribuição significativa para a democratização da arte brasileira. O grupo era formado inicialmente por Glauco Rodrigues, Glênio Bianchetti, Jacy Maraschin e Ernesto Wayne que, através do intelectual Pedro Wayne, entrou em contato com Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves e José Morais. Ficaram mais conhecidos como membros do grupo, entretanto, apenas Scliar, Bianchetti, Gonçalves e Rodrigues.
O nome nasceu após uma exposição realizada em Porto Alegre, em 1948, na galeria do Correio do Povo, quando eles foram chamados de "os novos de Bagé" pela imprensa local. Defendiam a popularização da arte através da abordagem de temas sociais e regionais, num estilo figurativo realista com traços expressionistas. O grupo foi uma influência direta para a formação do Clube de Gravura de Bagé e do Clube de Gravura de Porto Alegre, os quais renovaram as artes gráficas brasileiras nos anos 50 através de uma proposta semelhante.

Obras do Grupo de Bagé serão temas de exposição
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Um conjunto de 35 obras do Grupo de Bagé passou por um processo de restauração em Pelotas. O trabalho foi realizado por profissionais da área, especializados em restauro de obras de arte. A informação é da diretora da Casa de Cultura Pedro Wayne, Cármen Barros, que integra a Comissão Gestora de Museus, junto à professora Maria Luíza Pêgas. A restauração veio em boa hora e pela iniciativa do Da Maya-Espaço Cultural, que investiu no trabalho de recuperação das obras. A ação se insere na visão que o Da Maya cultiva de preservar o patrimônio cultural da cidade com atitudes práticas e significativas. “Se essas obras não fossem recuperadas, talvez não as tivéssemos para a mostra que estamos montando”, comenta Cármen. O processo de recuperação levou cerca de quatro meses e já está concluído. Cármen esclarece que algumas gravuras do acervo do Museu da Gravura Brasileira (MGB) já entraram no museu com avarias. “Todo acervo provém de doações e, sendo assim, diversas obras chegam com algum problema.” A medida de restauração, protagonizada pelo Da Maya Espaço Cultural foi mais que providencial, foi oportuna, pois as peças mais avariadas foram recuperadas a tempo. Os cuidados com esse acervo e sua importância para as artes plásticas do país motivaram a montagem de uma grande mostra com o material do grupo que se destacou pela autenticidade. A exposição será dividida em três momentos: “Convergências”, com as gravuras mais antigas que indicam a formação do grupo. “Memórias”, que reunirá uma série de fotos, vídeos e documentos da época retratando a trajetória dos artistas e, até mesmo a criação do MGB em Bagé. Por último, “Deslocamentos”, que trará obras de cada um deles já com suas identificações e expressões particulares, sem que se perca o sentido coletivo. A mostra “Convergências” abrirá no dia 25 de outubro, no Espaço Cultural Da Maya. Uma semana depois serão abertas as outras exposições. “Memórias” acontecerá no Museu da Gravura Brasileira, como uma videoinstalação e a mostra “Deslocamentos” abrirá no complexo cultural do Museu Dom Diogo de Souza.

Ação educativa
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O Da Maya – Espaço Cultural se consolida como entidade responsável pelas ações que desenvolve junto à comunidade. Quando se menciona “responsável”, o termo abrange, fundamentalmente, o grau de responsabilidade social de suas iniciativas. De acordo com o curador educativo da entidade, Ígor Simões, o Da Maya preza pelas ações educativas como definidoras de todas as ações desenvolvidas por aquele espaço cultural. “Nós criamos diversas estratégias que possibilitem o acesso às artes”, explica Simões. “Uma delas é o programa de formação de professores, feito em parceira com a Secretaria Municipal de Educação (Smed). O curador informa que o Da Maya investe, também, na formação e capacitação de mediadores que irão atuar nas galerias fazendo uma aproximação do público com as obras expostas. “Esses profissionais estimulam um olhar mais atento sobre a obra apresentada”, esclarece ele. São oferecidos, ainda, cursos voltados à comunidade e cada exposição realizada no espaço recebe um projeto específico. Nesse cenário é que se integram os alunos da rede pública. Conforme Simões, são mais de 1,2 mil alunos de cerca de 30 escolas públicas que são beneficiados com as ações educativas do Da Maya - Espaço Cultural. No caso específico da mostra do Grupo de Bagé o curador destaca dois focos principais. O primeiro deles é voltado para a questão direta da preservação. Sobre as razões de determinadas obras serem restauradas e/ou preservadas. “Queremos que o público saiba o que nos dizem esses objetos, suas interligações com a história da cidade. A restauração que foi possibilitada é considerada um presente do Da Maya à memória de Bagé. O segundo foco se dirige à produção do Grupo de Bagé e à definição da gravura como linguagem artística. Na última etapa de cada visitação de alunos eles poderão vivenciar esses conceitos com oficinas onde terão acesso a essas técnicas. Para os alunos, uma chance rara de dispor desse ensinamento sem qualquer gasto. O espaço fornece, inclusive, transporte para os estudantes, através de uma parceria com a empresa Anversa. Simões acrescenta que todos os professores envolvidos, além da formação oferecida, recebem, previamente, um CD, que é o material instrucional. Ali são feitas sugestões de trabalhos em sala de aula, explicações sobre o que vai ser mostrado: “de modo que a ação educativa comece bem antes de os alunos chegarem ao Espaço Cultural Da Maya”, esclarece Simões.

Gravura
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É a técnica em que um artista utiliza uma matriz para construir uma imagem a partir de incisões, corrosões e talhos, realizados com instrumentos e materiais especiais para depois transferi-la para o papel. De um modo geral, chama-se gravura o múltiplo dessa obra, reproduzida a partir da matriz. Essa reprodução é numerada e assinada uma a uma, compondo, dessa forma, uma edição restrita.
Em função da técnica e do material empregados, a gravura recebe uma classificação específica:
Xilogravura – matriz madeira. Os cortes proporcionam os brancos A superfície é entintada com um rolo e, com isso, essas partes intocadas proporcionam a cor da gravura.
Litografia – matriz pedra calcárea. Aqui não ocorre a incisão, o desenho é feito com lápis, ou com um bastão gorduroso, na pedra ou chapa.
Linoleogravura, linogravura - matriz linóleo. Material sintético usado para se fazer pisos. Quando o linóleo é cortado, são os cortes que produzem o branco na impressão sobre o papel.
Gravura em metal ou calcografia - matriz (em geral) cobre, latão ou zinco. A estampa aparece como resultado da tinta depositada no interior dos sulcos do metal, enquanto a superfície se mantém branca.
Serigrafia – matriz tela de seda ou nylon. Técnica de impressão vazada. Em um bastidor, com seda ou nylon esticados, são isoladas as partes que não vão ser impressas.

Tiragem
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Uma gravura é considerada original quando é assinada e numerada pelo artista dentro dos conceitos estabelecidos internacionalmente, segundo os quais o artista trabalha a matriz de metal, pedra, madeira ou seda com o propósito de reproduzir a imagem criada em tiragem de exemplares idênticos, cuja impressão é feita diretamente da matriz, pelo artista ou por impressor especializado. Após aprovar uma gravura o artista tira várias provas que são chamadas P.A. ( prova do artista ). Ao chegar ao resultado desejado é feita uma cópia " bonne à tirer " (boa para imprimir B.P.I. ) O artista então, assina a lápis, coloca a data, o título da obra e numera a série . Finda a edição, a matriz deve ser destruída ou inutilizada. Ao exemplar de tiragem obedecendo estes requisitos dá-se o nome de gravura original. Cada imagem impressa é um exemplar original de gravura e o conjunto desses exemplares é denominado tiragem ou edição. Em uma tiragem de 100 gravuras, as obras são numeradas em frações : 1/100, 2/100 etc.

Histórico
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A formação
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Por volta de 1945, Glauco, com 16 anos, e Glênio, com 17 anos, começam a pintar. Glênio conseguiu tintas a óleo e foi com elas que Glauco pintou seu primeiro quadro: “Moinho ao pôr-do-sol.” Longe dali, o pintor José Moraes ganha um prêmio de viagem no país, e vem para Bagé, terra de uma parenta de sua esposa, a viúva Stechmann, a qual também era tia de Carlos Scliar, que passava as férias na cidade, na chácara da tia. Na casa do escritor Pedro Wayne, grande nome cultural da cidade na época, José Moraes descobre os jovens Glauco e Glênio interessados em arte e para eles ministra aulas de pintura a óleo. E neles faz influenciar a arte moderna europeia relativa às primeiras décadas do século XX. Antes da chegada de José Moraes, ainda em 1945, reunia-se com o grupo o artista gaúcho Carlos Scliar. Em 1948 aglutina-se ao grupo Danúbio Gonçalves, que já havia exposto em Bagé, em 1944, com temática social, estudava no Rio de Janeiro e já viajara para a Europa. Como primeira atitude, o grupo monta um ateliê coletivo de artes plásticas, dando ênfase à pintura. Formava-se o grupo de Bagé, cujo ateliê, no início, foi instalado na chácara da viúva Stechmann, mais tarde transferido para a residência de Ernesto Dutra da Costa, após, numa casa no começo da rua Sete de Setembro e, por último, no quinto andar de um edifício na praça Silveira Martins.

O reagrupamento
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A primeira etapa do Grupo de Bagé vai até 1949 e termina pela dispersão de seus membros. Danúbio volta à Europa, onde se encontra com Scliar. Voltam ao Brasil em 1950 com novos conceitos e planos para as artes gaúchas.
Glauco, que havia partido para Porto Alegre em busca de um aprendizado com maior disciplina na Escola de Belas Artes, volta para Bagé e reencontra Danúbio, retornando da vivência europeia de pós-guerra, do Congresso de Wroclaw. Danúbio alerta para a preocupação social, já enfatizada por José Moraes. Retomam o trabalho em conjunto e começam tudo outra vez. Organizam uma revista e um novo ateliê, onde Glauco faz incursões pelo abstracionismo, ao mesmo tempo em que Glênio era expressionista e Danúbio conserva-se fiel aos figurativos. Daí a organizar o Clube de Gravura de Bagé foi um passo.
Carentes de informações sobre arte, os bajeenses encontraram no escritor Pedro Wayne seu mentor intelectual.

Obra de revitalização de canteiros é motivo de impasse


por: Melissa Louçan

Prefeitura e protetores do patrimônio histórico da cidade divergem

FRANCISCO BOSCO

PARALISAÇÃO: causa transtornos aos moradores da General Osório

Lançado em junho deste ano, o projeto de revitalização dos canteiros centrais da cidade avança pelo centro, mas não sem encontrar contratempos. Na avenida General Osório, as obras dos canteiros estão paradas há mais de duas semanas, o que se tornou um transtorno para os moradores e comerciantes do local.
Marlene Becker, que trabalha em um comércio em frente a um dos canteiros com as obras paradas, afirma que o trabalho foi interrompido, deixando apenas areia no lugar das antigas pedras. "Quando venta, a areia entra no estabelecimento e, quando chove, fica só barro. Isso está se tornando um problema", afirmou. Ela conta que há preocupação dos vizinhos com o término da obra, afirmando que muitos acham que ficará pela metade. "Além disso, de que adianta arrumar o canteiro e plantar, se depois não vão limpar?" questiona.
Já o secretário de Coordenação e Planejamento, Luís Alberto Gonçalves da Silva, responsável pela obra, afirma que a revitalização parou por um desencontro de informações, mas que será retomada em breve. "Tivemos que interromper o serviço devido a uma manifestação acerca da retirada das pedras portuguesas dos canteiros. Mas já houve uma revisão de posicionamento do grupo que se manifestou e, em breve, estaremos retomando a obra, apenas estamos dando tempo para a empresa licitada se reorganizar", explicou.
O grupo a que ele se refere é o Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda, que se manifestou contra a retirada das pedras portuguesas dos canteiros. De acordo com informações do secretário, o material em questão foi retirado a fim de ser limpo e realinhado nos mesmos espaços. "Em todos os projetos da prefeitura é levado em conta o valor histórico-cultural do patrimônio, conciliando com a questão de acessibilidade para a comunidade", avaliou ele, referindo-se às rampas para cadeirantes que serão colocadas nos canteiros.
Segundo Heloísa Beckman Morgado, representante do Núcleo de Pesquisas Históricas e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, as pedras em questão possuem imensurável importância histórica. Ela afirma que houve reclamações por parte da comunidade sobre a retirada do material. Devido a isso, foi feita a intervenção junto à Scoplan para solicitar informações do projeto. Feita a conciliação com a secretaria a respeito do trabalho, ela argumenta: "Houve comprometimento de recolocarem as pedras no traçado original e esperamos que isso seja feito".

FONTE JM

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O adeus a Yerecê Moglia



Cecê, como era carinhosamente chamada por familiares e amigos, morreu em casa, na rua Flores da Cunha, onde repousava há mais de cinco anos. Vítima de um AVC isquêmico, ela permanecia em estado de coma desde 2006. O corpo foi velado na sala Sagrado Coração de Jesus, no Cemitério da Santa Casa de Bagé. Às 22h, o cortejo rumou para o mausoléu da família Móglia, onde o caixão foi sepultado ao lado de seu esposo, Mário Móglia.
Em reportagem recente, assinada por Stela Vasconcellos, o Jornal MINUANO contou detalhes da história da visionária Yerecê, idealizadora do projeto de restauração do Complexo de Santa Thereza. Intitulado "A Bela Adormecida de Santa Thereza emociona Bagé", o texto relata os momentos de orgulho de Cecê ao concretizar seu sonho.

"Em 2004, o complexo passou a ser de utilidade pública da associação, que não tem vínculos institucionais, atendendo ao projeto do então vereador Cláudio Deibler. Em 2005, chegava a equipe técnica da obra, que foi lançada ao final do mesmo ano, com apresentações da Ospa e de Borguetinho no complexo. Yerecê vibrou tanto com a orquestra, que chegou a dizer: 'Agora eu posso morrer feliz'. No ano seguinte, logo após o começo das obras, a bela adormeceu, sem ver a concretização de tudo."

Na entrevista concedida em agosto, a neta Sílvia revelou detalhes do dia em que a vó passou mal. Ela ajudava a conferir as receitas de tricô, que fariam parte do livro que renderia recursos às obras do complexo. "A vó tinha labirintite e eu fui até a porta com ela, que estava um pouco tonta". Era uma quinta-feira.

No sábado, ela já passou deitada e o quadro evoluiu ao coma, porque um AVC isquêmico atingiu o cerebelo, região do cérebro que comanda as funções vitais do organismo.

Levada de avião a Porto Alegre, Cecê recebeu um diagnóstico de 48 horas de vida. Um milagre reverteu o quadro e ela passou a respirar sem aparelhos. O produtor Mário Móglia sentiu muito a falta do carinho da esposa, porque os dois estavam sempre juntos. Chegavam a ler jornais de mãos dadas, descreve a neta Cláudia.

Inconformado, um ano depois do coma de sua amada, o coração de Móglia parou. Hoje, os dois repousam em paz.

Fonte: Jornal Minuano

Páginas da história -Grupo de Bagé.

por: Cláudio Falcão

Nesta edição as páginas da História são dedicadas ao Grupo de Bagé.

Foto: Fototeca Túlio Lopes do Museu Dom Diogo de Souza






Entre 4 a 26 de janeiro de 1976 foi realizado em Bagé o I° Encontro Nacional de Artistas Plásticos, acontecimento que alcançou repercussão nacional, com ampla cobertura da imprensa do país.
Na ocasião, o Museu Dom Diogo de Souza inaugurou uma exposição dos participantes, no total de 40 obras. Além dos integrantes do Grupo de Bagé, estiveram aqui Maria Luiza Leão (carioca), José Ferreira Lima (pernambucano), Antonio Maia (sergipano), Darcy Penteado (paulista), Ana Letícia Quadros (carioca) e João Henrique Curcio.
Os artistas seguiram para o interior do município onde três estâncias foram ocupadas por eles. Em uma delas ficaram os integrantes do Clube da Gravura. A programação previa o isolamento deles para trabalhos e pesquisas durante as três semanas de duração do encontro. Os artistas que participaram buscavam a temática gaúcha.

A formação do Grupo de Bagé

por: Cláudio Falcão

[14h:43min] 14/10/2011 - CULTURA

Por volta de 1945, Glauco Rodrigues, com 16 anos e Glênio Bianchetti, com 17, começam a pintar.

Fotos: reprodução JM

Glauco, Glênio, Danúbio e Scliar




Glênio conseguiu tintas a óleo e foi com elas que Glauco pintou seu primeiro quadro: “moinho ao pôr do sol.” Longe dali, o pintor José Moraes ganha um prêmio de viagem no país, e vem para Bagé, terra de uma parenta de sua esposa, a viúva Stechmann, a qual também era tia de Carlos Scliar, que passava as férias na cidade, na chácara da tia. Na casa do escritor Pedro Wayne, grande nome cultural da cidade na época, José Moraes descobre os jovens Glauco e Glênio interessados em arte e, para eles, ministra aulas de pintura a óleo. E neles faz influenciar a arte moderna europeia relativa às primeiras décadas do século XX. Antes da chegada de José Moraes, ainda em 1945, reunia-se com o Grupo o artista gaúcho Carlos Scliar. Em 1948 aglutina-se ao grupo Danúbio Gonçalves, que já havia exposto em Bagé em 1944, com temática social, estudava no Rio de Janeiro e já viajara para a Europa. Como primeira atitude, o grupo monta um ateliê coletivo de artes plásticas, dando ênfase a pintura. Formava-se o grupo de Bagé, cujo ateliê, no início, foi instalado na chácara da viúva Stechmann, mais tarde transferido para a residência de Ernesto Dutra da Costa, após numa casa no começo da rua sete de setembro e por último no quinto andar de um edifício na praça Silveira Martins.

O reagrupamento
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A primeira etapa do Grupo de Bagé vai até 1949 e termina pela dispersão de seus membros. Danúbio volta à Europa, onde se encontra com Scliar. Voltam ao Brasil em 1950 com novos conceitos e planos para as artes gaúchas.
Glauco, que havia partido para Porto Alegre em busca de um aprendizado com maior disciplina na Escola de Belas Artes, volta para Bagé e reencontra Danúbio, retornando da vivência europeia de pós-guerra, do Congresso de Wroclaw. Danúbio alerta para preocupação social, já enfatizada por José Moraes. Retomam o trabalho em conjunto e começam tudo outra vez, organizam uma revista e um novo ateliê, onde Glauco faz incursões pelo abstracionismo, ao mesmo tempo em que, Glênio era expressionista e Danúbio conserva-se fiel aos figurativos. Daí a organizar o Clube de Gravura de Bagé foi um passo.

“Naquela época não havia nada em Bagé em matéria de arte, à exceção de uns raros livros de poetas modernos. Nós copiávamos folhinhas. Até que um dia descobrimos Segall numa revista acadêmica. Mas o clima do ambiente local era bem de pleno século XIX. Apareceu então Carlos Scliar, voltando da guerra e fazendo conferências, explicando o que realmente era arte moderna. Foi uma grande ajuda.”
Glauco Rodrigues

Carentes de informações sobre arte, os bajeenses encontraram no escritor Pedro Wayne seu mentor intelectual.
“Ele era amigo pessoal dos modernistas Oswald e Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. O que sabia de pintura e o que aprendia com esses intelectuais transmitia-nos com gosto. Foi nosso grande orientador”
Glênio Bianchetti

“Tínhamos afinidade ideológica e praticávamos o exercício indispensável ao aprendizado. Quando perguntaram a Cèzanne o que precisava ser um pintor, ele respondeu: primeiro desenhar, segundo desenhar e terceiro desenhar. Percebi que a arte não tem sentido se isolada do povo. Arte é comunhão, é vida.”
Danúbio Gonçalves

“O Prêmio Pablo Picasso foi concedido aos Clubes de Gravura de Porto Alegre e Bagé pela sua coleção de obras em defesa da paz e da cultura. Foi o coroamento do trabalho político que fazíamos e foi, ao mesmo tempo, sem nos darmos conta, o fim de uma linha de trabalho.”
Carlos Scliar

Obras dos bajeenses são restauradas
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Um conjunto de 35 obras do Grupo de Bagé passou por um processo de restauração em Pelotas. O trabalho foi realizado por profissionais da área, especializadas em restauro de obras de arte. A informação é da diretora da Casa de cultura Pedro Wayne, Carmen Barros, que integra a Comissão Gestora de Museus, junto à professora Maria Luíza Pêgas. A restauração é iniciativa do Da Maya-Espaço Cultural, que investiu no trabalho de recuperação das obras. A ação se insere na visão que o Da Maya cultiva de preservar o patrimônio cultural da cidade com atitudes práticas e significativas. “Se essas obras não fossem recuperadas, talvez não as tivéssemos para a mostra que estamos montando”, comenta Carmen. O processo de recuperação levou cerca de quatro meses e já está concluído. Carmen esclarece que algumas gravuras do acervo do Museu da Gravura Brasileira (MGB), já entraram no museu com avarias. “Todo acervo provém de doações e, sendo assim, diversas obras chegam com algum problema.” A medida de restauração, protagonizada pelo Da Maya Espaço Cultural foi mais que providencial, foi oportuna, pois as peças mais avariadas foram recuperadas a tempo. Os cuidados com esse acervo e sua importância para as Artes Plásticas do país motivaram a montagem de uma grande mostra com o material do grupo que se destacou pela autenticidade. A exposição será dividida em três momentos: “Convergências”, com as gravuras mais antigas que indicam a formação do grupo. “Memórias”, que reunirá uma série de fotos e documentos da época retratando a trajetória dos artistas e até mesmo a criação do MGB em Bagé. Por último, “Deslocamentos”, que trará obras de cada um deles já com suas identificações e expressões particulares, sem que se perca o sentido coletivo. A mostra Convergências abrirá no dia 25 de outubro, no Espaço Cultural Da Maya. Uma semana depois serão abertas as outras exposições, Memórias que acontecerá no Museu da Gravura Brasileira e Deslocamentos, no Complexo Cultural Dom Diogo de Souza.




Sem Título, Xilogravura, 1951,Glênio Bianchetti





O moinho ao pôr-do-sol, 1945, Glauco Rodrigues






Carreta e Carroça do Galpão, Linóleogravura, 1956, Carlos Scliar





Sem Título, Xilogravura, 1963, Danúbio Gonçalves

Inventário arquitetônico resulta em mostra de prédios antigos





por: Glauber Pereira

[23h:35min] 15/10/2011 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Inventário arquitetônico resulta em mostra de prédios antigos
O curso de Arquitetura e Urbanismo da Urcamp encontra no desenvolvimento urbano da cidade excelente fonte de atividades acadêmicas.

Antoniel Martins/Especial/JM

ORIENTAÇÃO: Marília Barbosa diz que exposição será itinerante


Além da produção publicada em revista, professores e alunos lançarão, durante o Congrega Urcamp, uma mostra com 22 banneres, como resultado de um projeto de extensão em Educação Patrimonial.
Orientadora da atividade, a professora Marília Pereira de Aldovino Barbosa antecipa que o material foi produzido a partir de um inventário solicitado pela prefeitura frente à necessidade de apontar o interesse arquitetônico de prédios históricos da cidade, numa contribuição aos novos parâmetros de desenvolvimento urbano. Desenvolvido em 2009, o projeto catalogou 20 imóveis não pertencentes ao poder público com o objetivo de determinar sua descrição de acordo com os modelos de fichário aprovados pelos institutos de patrimônio histórico e artístico gaúcho e nacional. Construções que fazem parte do dia a dia dos bajeenses e que são reconhecidos há décadas como unanimidades na preferência da população, como o Clube Comercial, Museu Dom Diogo de Souza e o Imba fazem parte da mostra. Depois do Congrega, o material deverá percorrer a cidade em exposições itinerantes

Roteiro turístico
Outro produto que integra as ações de interação entre o curso e a comunidade é a confecção de um folheto turístico para o passeio orientado oferecido pelo Congrega Urcamp de 2011. O material será distribuído aos visitantes inscritos, contendo os principais pontos a serem visitados com orientações de professores. O folder foi montado a partir das principais prédios inventariados pela disciplina de História da Arquitetura, Urbanismo e Arte V, ministrada pela professora Maria de Fátima Schmidt Barbosa.

Comunidade debate projeto de resgate do Forte de Santa Tecla


por: Melissa Louçan

[22h:52min] 15/10/2011 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Marco importante na disputa territorial da região,...

REPRESENTANTES: diversas entidades estiveram reunidas para sanar dúvidas sobre restauração o Forte de Santa Tecla foi erigido em 1774 pelos espanhóis a fim de terem um lugar seguro de onde pudessem criar estratégias para rechaçar os portugueses e resistir a ataques. Mais de 200 anos após a construção, a Prefeitura de Bagé, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) unem forças para resgatar a memória do local.
Em audiência pública ocorrida na tarde de ontem, o projeto foi apresentado pela arquiteta responsável, Joelma Silveira, da Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento. Ela levou os presentes a uma viagem ao passado, onde abriu o panorama histórico do lugar e apresentou o projeto do parque. A ideia consiste no resgate histórico do lugar, com demarcações feitas por painéis informativos onde outrora os espanhóis se abrigaram das batalhas. Também será disponibilizada área de lazer, com midiateca, área com estrutura para camping, área de comércio de souvenirs, além do reaproveitamento e ampliação do museu já existente no local, que também abrigará um memorial com a história do forte e maquete do lugar. "É um espaço que precisa ser preservado, cuidado, já que é um dos únicos exemplares de forte em nível de Rio Grande do Sul", afirmou a arquiteta.
A também arquiteta Vera Ramos, atual presidente do Compreb (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Bagé), comentou a importância do projeto para o desenvolvimento do turismo, economia e cultura local: "Esse resgate tem grande importância para a região, em termos de história da ocupação territorial, ainda mais na comemoração do bicentenário de Bagé". Afirmação endossada pelo secretário de Coordenação e Planejamento, Luís Alberto Gonçalves Silva. "Esse projeto se desenvolve em prol da preservação da história e cultura de Bagé, para entender quem fomos e pensar no que queremos ser."
Após a explanação da arquiteta, foi aberto espaço para questionamentos dos presentes sobre a obra. Representantes do Exército Brasileiro, Neab, Ubam, Museu Dom Diogo de Souza, Compreb, Ecoarte, Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda, Urcamp, Unipampa, Câmara de Vereadores e secretarias municipais, além de empresários locais, estiveram presentes para a explanação.
O projeto, que já foi aprovado junto ao Iphan, possui recursos de R$ 1 milhão garantidos para subsidiar a obra.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Teresa Poester em Bagé



No dia 15 de outubro Teresa Poester, artista e professora do Instituto de Artes da UFRGS,
nascida na terra, vem a Bagé, durante as comemorações do aniversário da Vila de Santa
Thereza, para um encontro no espaço do teatro às 17 h, onde vai mostrar e processo de
criação e confecção do mural em cerâmica que se encontra na frente da praça do Centro
Cultural. O Mural foi realizado por ela especialmente para dialogar com a paisagem local.

E ainda dentro das comemorações, durante todo o dia 15 e 16 de outubro a artista
apresenta a vídeo-instalação Résonances dentro da igreja do Centro Histórico Vila de Santa
Thereza.

O Evento é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Bagé

Sobre o Mural;

Teresa diz que foi um trabalho emocionante:

“Sou de Bagé e tenho bem presente na memória da minha infância a terra de onde se avista o
fim do mundo reto como a linha do horizonte como só no pampa quando os gaúchos se põem a
matear e olhar lonjuras.

Santa Thereza, por ter meu nome, me acompanhou como imagem, na mesa de cabeceira de
minha infância.

Para pensar o mural Fiz algumas viagens a Bagé pesquisando o lugar e os materiais da região.

Levei quase dois anos até começar o painel. Foi feito sobre peças de terracota que vieram de
São Paulo por se adequarem melhor à cor e a textura que eu procurava.

O painel foi pintado por partes, faixas verticais colocadas sobre uma mesa e posteriormente
fotografadas. Essas pinturas foi sendo montado no computador e modificado às vezes em
relação ao plano inicial esboçado no papel”.

Sobre o filme Résonances:

750 imagens compõem o vídeo Résonances de 78 minutos, com música de Morton
Feldman, montado em Porto Alegre em 2007 por Eny Schuch e Teresa Poester.

O vídeo tem uma histórica peculiar:
Foi encomendado pelo pianista francês Aurelien Richard para uma instalação sonora
visual quando a peça For Bonita Marcus do compositor americano Morton Feldman,
foi executada ao vivo pelo pianista na catedral de Gisors, na Normandia, por ocasião
das comemorações do dia do patrimônio público francês em 2007.

Na gravação do vídeo em DVD, a peça de Feldman é interpretada pelo pianista
britânico John Tiburi. Uma copia deste DVD foi enviada a Barbara Monk Feldman,
viúva do compositor, que elogiou a delicadeza da montagem.

Morton Feldman, falecido em 1987, era muito próximo de John Cage e com ele criou
o movimento de transformação e de fusão da música, com a dança as artes cênicas e

visuais que transformaram o cenário artístico americano nos anos cinqüenta.
É considerado um dos maiores compositores americanos do século XX.

Foi criada uma segunda versão a partir dessas imagens. O mini-video de três
minutos, também intitulado Résonances, foi montado por Eny Schuch e TP, a partir
das imagens de Teresa Poester e está disponível na internet.

http://www.teresapoester.com.br/

http://www.youtube.com/watch?v=nwjqQI9uFRk

A volta da torre do Castelinho


Fonte Jornal Folha do Sul

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santa Fé é demarcada no Parque do Gaúcho




por: Cláudio Falcão

[20h:48min] 10/10/2011 - CINEMA

As filmagens do Tempo e o Vento são uma realidade. A equipe do diretor Jaime Monjardim esteve em Bagé, durante o fim de semana, para demarcar o local da cidade cenográfica de Santa Fé.

No Parque do Gaúcho serão construídas 19 casas e uma catedral. O diretor assistente do filme, Federico Bonani, que já fez diversos trabalhos com Monjardim, adiantou que quase 50% do filme será rodado em Bagé. O set de filmagens possui 80 metros por 100 metros e nele serão erguidos prédios característicos da obra original de Érico Veríssimo, como o sobrado, a intendência, a casa do Capitão Rodrigo, a casa da família Terra, entre outros. Bonani explicou que a figueira da praça central será totalmente cenográfica. "Não sabemos, ainda, se o fornecedor será da Argentina ou do Brasil. Mas as folhas da árvore deverão vir do Japão", esclareceu. O elenco deverá chegar a Bagé, para as filmagens, no ano que vem, em março. "Sabemos que o capitão Rodrigo será protagonizado por Thiago Lacerda e Bibiana por Fernanda Montenegro", adiantou Bonani. Grande parte das cenas interiores será feita nos estúdios cinematográficos de Paulínia (São Paulo). O diretor esclareceu que a cidade cenográfica será deixada construída para o município. A ideia é que o local se torne um parque temático direcionado ao turismo. Para sediar as gravações houve uma disputa intensa de vários municípios da região sul. "Mas a estrutura e o espaço físico oferecidos pelo Parque do Gaúcho determinaram a decisão de virmos para Bagé", explicou o diretor. Nessa decisão pesou também o biotipo humano dos bajeenses, que deverão ser os principais figurantes da produção. "Vamos precisar de aproximadamente 400 homens que irão participar de uma cena de batalha", antecipou Bonani ao acrescentar que o pessoal será recrutado através dos CTG's de Bagé e região. Haverá também a necessidade de figurantes permanentes para a cidade cenográfica. Estes deverão passar por um processo de "envelhecimento", já que irão representar a passagem de três gerações. No Rio de Janeiro, enquanto isso, a equipe de figurino providencia os trajes de época e se realiza a escolha complementar do elenco. O cineasta bajeense Zeca Brito acompanhou a equipe e comentou: "a realização das filmagens será muito positiva para a cidade. Eles vão precisar de muita mão de obra local, como marceneiros, carpinteiros, quinchadores, entre outros profissionais". Brito esclareceu que, mesmo durante as gravações, serão necessários mais profissionais, como por exemplo artesãos que irão atuar como aderecistas da produção. Bonani contou que as filmagens deverão se realizar em cerca de quatro semanas. Nesse período será moderada a presença do público no local.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Algumas fotos do Espaço Cultural Da Maya








A primeira Feira do Livro


por: Cláudio Falcão

[10h:35min] 07/10/2011 - CULTURA
Páginas da história


Foto: Fototeca Túlio Lopes do Museu Dom Diogo de Souza


Realizada em dezembro de 1982, em conjunto com a antiga Funba (atual Urcamp), era coordenada por Cláudio Lemieszek e Iara Maria Botelho Vieira representando a SMEC, e por Maria Silvia da Silva representando a Funba. A comissão organizadora contava com Afra Doglia, Caetana Albano Caringi e Regina Quadros. O patrono da Feira foi uma homenagem a Félix Contreiras Rodrigues. O orador oficial no ato inaugural foi Tarcísio Taborda. Não seria exagero afirmar que nenhuma outra feira do livro organizada nos anos subseqüentes, e até mesmo nos dias atuais, teve tantas personalidades de renome da literatura e atividades correlatas como essa primeira edição. Houve palestras, sessões de autógrafos, sessões de leituras, apresentação teatral e de dança. Para dar uma pequena noção do sucesso da feira, basta mencionar as presenças, entre outros, de Mario Quintana, Luís Fernando Veríssimo, Dante de Laytano, Antônio Augusto Fagundes, Antônio Holfedt, Armindo Trevisan, Tânia Carvalhal, Maria Dinorath Luz do Prado, Dorothi Camargo Gallo, João Barbosa Jr., entre outros. Além de livrarias de Bagé, estiveram presentes livrarias de Porto Alegre, como a Palmerinca, Pradil, Martins Livreiro, Sagra, Mercado Aberto e LPM, que montaram suas barracas no calçadão. O sucesso cultural e comercial foi considerado excelente, tendo sido vendidos mais de três mil livros. Nilceu Conde, satisfeito, proclamava, “nunca ter vendido tantos livros em tão poucos dias”. De quebra, a cidade ainda ganhou um elogio de Luís Fernando Verísssimo que disse: “Bagé é a mais gaúcha das cidades gaúchas”.


Fonte jm

Pedras portuguesas dos canteiros da Osório estavam sendo retiradas




Créditos a minha prof Heloísa Beckman !!!!


Fonte Jornal Folha do Sul.