quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Praça Silveira Martins

Já teve vários nomes: Largo do Conde, Praça do Portão (próximo à praça haveria um portão, que seria o portão de entrada da cidade), Praça do Mercado (segundo alguns), e Praça Voluntários da Pátria (em 1881), pois era nela que os soldados daqui que foram para a Guerra do Paraguai se reuniam. A atual denominação de Praça Silveira Martins, em homenagem a Gaspar Silveira Martins, vigora desde o final da década de 30. Situada bem no centro da cidade, em 1908 forma construídos os chafarizes e vieram do Rio de Janeiro os dois “anjinhos da praça”. Hoje não há mais as fontes, apenas permanecem os anjinhos.

Praça da Redenção - Praça Carlos Telles


Segundo alguns historiadores, aqui seria o centro do acampamento militar deixado por Dom Diogo de Souza em 17 de julho de 1811 que teria dado início à cidade de Bagé. A Praça da Matriz, anteriormente chamada Praça da Redenção, recebeu a denominação de Praça Carlos Telles em homenagem ao Coronel Carlos Telles, herói da defesa de Bagé durante o cerco de 1893 (Rev. Federalista). Na área próxima à Praça e à Catedral, onde a cidade começou a se desenvolver, as ruas estreitas mostram a influência portuguesa, um dos povos que ajudaram a colonizar o nosso município.

SANTA CASA DE CARIDADE DE BAGÉ

Neste local, abrigou por volta de 1855, o 3º cemitério oficial de Bagé, mudando-se para o atual em 1858.
A pedra fundamental da Sta Casa foi colocada em 1874.
A história da Sta Casa iniciou no ano de 1870, quando o médico Dr. Azevedo Penna e Dr. Albano de Souza,juntamente com o farmacêutico Cap. Serafim dos Santos souza, fundaram o primeiro hospital de caridade de Bagé, na Rua Santa Bárbara(atual Gen. Osório).
O hospital proporcionava assistência "aos necessitados", as pessoas com posse eram tratadas em casa.
Acreditando no bem que faria a muitos, José Facundo da Silva Tavares, em 1873, doou 15 terrenos, onde foi então construído o novo hospital e o Visconde de Serro Alegre (pai de José Facundo) contribuiu com a elevada quantia de oito contos de réis e mais a importância de quatro contos de réis angariada das pessoas de sua família e de pessoas da comunidade.
Em 25 de março de 1883, foi inaugurada a Sta Casa de Caridade de Bagé, sendo seu primeiro provedor Cônego Bittencourt.
Existe no pórtico da Sta Casa em significativo quadro de mármore, a inscrição:

"Construída com legado do Visconde de Serro Alegre e com donativo de fiéis".

AVE SÍMBOLO

Tachã

De coloração pardo-acinzentada escura, com algumas manchas brancas, cabeçuda e topetuda. O pescoço é contornado por uma gola negra realçada por uma segunda penugem branca. A face superior da asa é negra, com grande área branca visível durante o vôo, a face inferior da asa é totalmente branca. Região perioftálmica, anel nu ao redor do pescoço (nem sempre visível), pernas são vermelhas. Não há dimorfismo sexual, as fêmeas são menores que os machos. As patas são curtas e fortes e os três dedos da frente estão unidos por uma membrana interdigital. Altura média de 80 cm e peso em torno de 4kg.Grande habitante dos brejos, com formato e características únicas. O corpo, pernas e pés são enormes em relação à cabeça, pequena e com um penacho na nuca. Em vôo, mostra uma grande área branca sob a asa. Possui um esporão vermelho no cotovelo da asa, visível quando está pousada ou voando. Apesar do aspecto agressivo, não é usado como arma de ataque, servindo para comunicação entre as tachãs.Destaca-se pelo chamado alto, feito por um indivíduo ou pelo casal, em dueto. Pode gritar a qualquer momento do dia, avisando sobre sua presença ou de intrusos, atraindo a raiva dos caçadores, ao espantar a presa. Esse chamado é mais grave no macho do que na fêmea, esta mais esganiçada, e é interpretado como dizendo “tachã” (“tarrã” no Rio Grande do Sul).
Alimentação
Alimenta-se, principalmente, de folhas de plantas aquáticas, apanhadas enquanto caminha pelo brejo ou nas margens. Assim como insetos e moluscos. Reprodução
É monogâmica e territorialista. Pousa nas praias ou nas árvores da mata ribeirinha. Constrói um enorme ninho de folhas emaranhadas sobre um arbusto ou árvore pequena, sempre sobre a água. Coloca de 2 a 7 ovos, chocados durante cerca de 45 dias. Geralmente o macho passa mais tempo chocando os ovos, revezando com a fêmea quando precisar se alimentar mas nunca deixam o ninho sozinho. Os filhotes saem do ninho logo depois de nascerem ou no dia seguinte, cobertos com penugem semelhante a dos patinhos,. Caminham com os pais, ficando imóveis e escondidos na vegetação ao primeiro grito de alerta. Os juvenis recebem os cuidados parentais de ambos os progenitores durante 3 a 4 meses. Os filhotes nascem com plumagem densa, marrom-amarelada, por volta dos 5 meses completam a plumagem e podem voar. Muitas vezes, os ninhos são construídos nos brejos conectados aos rios e é possível observar, durante a baixa das águas, as tachãs chocando a poucos metros da calha do rio.
Hábitos
Forma grandes bandos para pernoitar nos banhados, ficando em pé na água rasa. Durante o período reprodutivo são territoriais, afastando as outras tachãs. Depois, chegam a formar grupos de até 20 tachãs.

ÁRVORE SÍMBOLO


CORONILHA


É uma árvore pequena, ou mesmo um arbusto, de caule reto, medindo até 6m de altura e 50cm de diâmetro, muito frondoso. Sua casca é avermelhada, fina, decidua em camadas relativamente espessas, seus ramos eretos, quadrangulares enquanto nova, frequentemente opostos, com grandes espinhos de até 4cm de comprimento.

Fornece finíssima espécie de madeira, violácea ou avermelhada, muito elástica, considerada impenetrável pelos insetos, principalmente o cerne; é homogénea, porém racha durante a secagem. É usada para obras de esteio, torno, marcenaria, lenha, carvão e trabalhos expostos. É medicinal, pois sua casca contém matéria tintorial e dela se faz também certa tintura recomendada como tónico do coração.

Vegeta em qualquer tipo de terreno, tanto fértil como árido e até entre as rochas. Muito conhecida no Brasil, principalmente nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Principalmente no Rio Grande do Sul, onde sua vegetação é intensíssima. Conhecida também como espinho-de-touro.

PRÉDIO DA FAMÍLIA MARTINS DA SILVA

Examinando fotos antigas, no local deste sobrado, havia um portão com "estátuas de cachorros", que pertenciam ao casarão.

Este sobrado foi mandado construir em 1929, por João Martins da Silva e Inah Loureiro de Souza Martins da Silva que moravam ao lado. Eram pais do atual proprietário João Carlos Martins da Silva. O prédio foi concluído em 1932.


A planta que deu entrada na prefeitura foi assinada por Germano Kurle.


Segundo informações do proprietário, a casa é oramentada com afrescos de autoria do pintor " Schalater", de POA. Os vitrais foram da famosa Casa Genta. Segundo a filhado proprietário, os móveis foram confeccionados no Rio de Janeiro (seriam réplicas dos móveis do Palácio do Catete-Palácio da República-RJ).


No andar térreo funcionou durante anos o Escritório Central da Cooperativa Bageense de Carnes( São Domingos) e Biblioteca Municipal.


Atualmente residem no prédio o Sr. João carlos Martins da Silva e sua esposa Greice Mara Martins da Silva, atual Presidente da Assoc. Brasileira de Criadores de Hereford e Braford.

RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA CONTREIRAS RODRIGUES

Em 1874 esta esquina foi vendida pelos irmãos Chichi (os mesmos do moinho) ao Sr. José Luiz Martins ( o mesmo que construiu a pousada do sobrado).
Foi construída uma casa neste local e nela veio morar a filha de José Luiz, casada com o Capitão José Cipriano de Contreiras e Silva.

Aqui nasceram seus filhos e netos, entre eles, Félix Contreiras Rodrigues, personagem importante da história de Bagé.

Em 1915, a casa sofreu uma reforma assinada pelo arquiteto Pedro Obino. Dois anos depois a casa foi alugada por Heitor Mércio.

Durante este período a casa abrigou figuras notáveis , como por exemplo,Plinio Salgado. Sediou também, reuniões que tiveram relevância histórica para o Rio Grande do Sul durante a Revolução de 1923.

Alguns anos depois, a casa sofreu nova reforma.

Após o falecimento de Félix Contreiras Rodrigues, este prédio foi herdado pelo prof. Eduardo Contreiras Rodrigues (falecido em 24/05/2005, aos 88 anos de idade).

A casa está muito bem preservada.

PALACETE JACINTHO PEREIRA- ATUAL RESIDÊNCIA DO DR. MÁRIO MANSUR

Tudo indica que o Sr. Virgílio Codevila construiu esta casa, no início do séc 20.

Depois este prédio foi residência de Affonso Henrique Jacintho Pereira.


Hoje a casa tem aparência de muito alta, isto é devido ao nivelamento (com rebaixamento da rua) que sofreu a Av. Marechal Floriano, após a construção da casa.


A casa foi herdada por Elmira (conhecida por D. Miroca), filha de Afonso Henrique, casada com Júlio Magalhães Vieira. Os herdeiros venderam a casa nos anos 90, para o atual proprietário, Dr. Mário Mansur Filho, que preserva as características originais do prédio.

PALACETE JOSÉ OCTÁVIO GONÇALVES

Este prédio foi construído pelo arquiteto Domingos Rocco em 1904.

O proprietário era o Sr. José Octávio, prefeito de Bagé durante 3 mandatos: 1892 até 1913.


Depois da morte de José Octávio ficou residindo na casa sua esposa D. Carolina Gonçalves. Após seu falecimento, a casa serviu de sede nos anos 70 , do Círculo Militar. Mais tarde, os herdeiros a venderam ao Sr. Caio Albuquerque. Atualmente está com o novo proprietário.

PALACETE MANGABEIRA

Esta residência foi mandada construir pelo Sr. Carlos Mangabeira em 1928.

É uma casa de 6,107 metros quadrados, muito bem ajardinada,

em centro de terreno. Foi uma inovação na arquitetura da cidade naquela época, pois as casas eram construídas no alinhamento da rua por questões de segurança.Essa casa tornou-se , na época , um ponto de atração turística.

Depois morou na cas ao Dr. Guia Vinhas e sua filha, casada com o Dr. Walter Aguiar(médico radiologista) assassinado em Bagé na déc de 40. Posteriormente , foi vendida ao Sr. Clemente Ghisolffi e após ao Sr. Dirceu Suñe.

Atualmente é de propriedade do comerciante Pedro Kalil.

PALACETE ROSA

Este prédio foi moradia de Manoel Alves Sarmento, pecuarista e Presidente da Ass. Rural de Bagé em 1919.

Foi construída no início do século.

Na déc de 30 o proprietário mandou construir um palacete na rua Sete de Setembro, junto ao clube comercial. Ao mudar-se, ficou na casa antiga, seu genro Carlos Sá Antunes.

Atualmente reside na casa sua nete Dona Iolanda Antunes Suñe.

RESIDÊNCIA DE JOSÉ CARRION MOGLIA

Haviam neste local duas casas , cujos proprietários eram Thereza Alice Magalhães Rossel e Luiz Carlos Victória (1926), as quais foram compradas pelo Sr. José Carrion Móglia , para fazer esta residência.
Atualmente seu filho, Sr. Mário Móglia reside na casa.





Clube Caixeiral

É o clube mais antigo da cidade. Foi inaugurado em 20 de maio de 1884, com o nome de Clube Progresso Caixeral, mais tarde substituído pela Sociedade Literária Caixeral, que possuía uma excelente biblioteca.


Igreja Nossa Senhora Auxiliadora






Foi inaugurada em 24 de maio de 1929, mas só foi completamente finalizada na década de 40. O plano inicial era utilizar o colégio já edificado ao centro. À direita de quem olha ficaria a Igreja, onde já funcionava a antiga capela, e à esquerda ficaria o teatro. Mas o projeto foi modificado e a Igreja passou para o lado esquerdo. Como a área era menor, foi aumentada a sua altura.
O irmão salesiano Heitor Scnheider foi quem redefiniu e comandou o projeto, que teve apoio de várias pessoas da comunidade para concluir a obra. Foi ele também quem desenhou e colocou o altar-mor.
Os cinco sinos vieram da Itália e cada um representa o som de uma nota musical: dó, ré, mi, fá, sol.