por: Cláudio Falcão
Bianchetti ganha retrospectiva da carreira em Brasília
Uma chance de conhecer obras raras de um dos principais nomes do expressionismo brasileiro é durante uma visitação à Câmara dos Deputados em Brasília.
No espaço, acontece até o dia 28 de fevereiro de 2011, sempre entre as 9h e às 17h, uma mostra que reúne 30 quadros do bajeense Glênio Bianchetti, 82 anos. Conforme explica o curador da exposição, Afrísio Vieira Lima, no mínimo, dois quadros de cada década de produção do artista estão disponíveis. As obras são oriundas de vários colecionadores, apreciadores de um talento manifestado na adolescência, ainda em Bagé.Em 65 anos de carreira, Bianchetti trabalhou com diferentes técnicas e procurou ser sempre um ativista social no conjunto de sua obra, há valorização da figura humana em atividades cotidianas. Entre os destaques de sua carreira está, por exemplo, um dos cartazes criados para a campanha das Diretas Já, durante a década de 80. O tema social está presente em trabalhos mais antigos, como na xilogravura sem título, de 1955, em que um trabalhador rural usa seu pilão, os traços são duros assim como é a dureza do trabalho no campo. Outros temas trabalhados durante a carreira são os religiosos, está presente, por exemplo, no quadro sem nome em que Jesus é retirado da cruz após a crucificação. A obra integrava uma série intitulada Via Sacra, exposta na igreja do Centro Histórico de Santa Tereza, mas que foi retirada pelo próprio autor por não fazer parte da sequência real da Via Sacra. A pintura mais antiga da exposição também possui relação com a cidade natal, em óleo sobre tela, ainda na década de 40, a obra apresenta a vista de uma das ruas de Bagé.
Gabinete de Arte**************O quê – Mostra de 30 obras de Glênio Bianchetti
Quando e onde - até o dia 28 de fevereiro no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Aberto para visitação guiada nos finais de semana e feriados, das 9h às 17h. Saída a cada meia hora do Salão Negro. Informações pelo 61 3216 5880.
Bem Vindos a Bagé !!! Porta de entrada para o pampa gaúcho,seus campos preservam o bioma natural da região e seu povo não se cansa de mencionar a sua rica arquitetura urbana e rural.Como o gaúcho de fronteira jamais viveu sem um cavalo,só poderia ser por aqui que se encontra o que há de melhor na produção eqüina nacional,principalmente dos puros-sangues ingleses e dos crioulos.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Sociedade Italiana celebra 140 anos
A presença italiana no Rio Grande do Sul é muito forte e marcou, definitivamente, a fisionomia do Estado.
Mais forte e dominante no norte do RS, na serra gaúcha, a cultura dos italianos é produto turístico também. Entretanto, pouco se sabe a respeito dos italianos na fronteira sul do Estado e de suas contribuições para a formação étnica e cultural dessa parte do Rio Grande do Sul. Para resgatar essas origens é preciso retornar no tempo. Já nas primeiras décadas do século XIX os italianos marcavam presença no sul do país. Não é novidade a sua participação na Revolução Farroupilha, com Garibaldi, Tito Lívio Zambecari, entre outros. Desse modo, a imigração informal, tanto para o RS como para Bagé, antecedeu o início da imigração oficial, em 1875. Pois no dia 14 de dezembro de 1870, a comunidade italiana estabelecida em Bagé reuniu-se para fundar uma sociedade, destinada não apenas a aglutinar os compatriotas, mas também a prestar assistência aos que se encontrassem em situação de dificuldade econômica ou de saúde. Foi deliberado, nessa reunião, que a data oficial de fundação entidade seria no dia 1° de janeiro de 1871. Nascida com o nome de “Società Italiana de Soccorso Mutuo e Beneficenza in Bagé”, teve Giuseppe Bina como “primo presidente”.Ao reconhecer os bons serviços que a sociedade vinha prestando à comunidade local, em 1886, o governo da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul outorgou-lhe a propriedade de um terreno urbano. No local foi construída a primeira sede, inaugurada festivamente no dia 20 de setembro de 1887. No início da II Guerra Mundial, quando Brasil e Itália estiveram em campos opostos, a sociedade teve paralisada suas atividades. Nesse período perdeu para o município parte de seu patrimônio imobiliário. Lamentavelmente, nesse mesmo período, quase a totalidade dos livros de atas, documentos e fotos foi perdida. Ao final da guerra, recuperado o patrimônio restante, a entidade retomou suas atividades adotando, a partir de 1950, a denominação “Sociedade Italiana de Beneficência - Anita Garibaldi”. Nesses 140 anos de existência profícua, os membros da sociedade se preparam para as celebrações do bicentenário de Bagé, com diversos eventos ao longo do ano. O primeiro deles acontecerá amanhã, na concha acústica da Praça de Esportes, às 20h30min, com a Orquestra Filarmônica Batista. De acordo com Luciano Vacillotto, coordenador da comissão de festejos da sociedade italiana, o repertório iniciará com os Hinos Nacionais Brasileiro e Italiano, seguido de canções populares italianas, brasileiras e internacionais.
Antiga Capela de Nossa Senhora da Conceição
Segundo dados obtidos junto à Cúria, o fundador da Capela da Conceição foi o ferrageiro Henrique Cunha Ribeiro.
A pedra fundamental foi colocada em 05 de abril de 1869, na rua Santa Bárbara (hoje General Osório), ao lado da Intendência Municipal, em frente à praça Voluntários da Pátria (hoje Silveira Martins). A imagem da santa foi enviada de Concepción (Paraguai), em 1870, pelo coronel Antônio Jacintho Pereira Júnior, tendo como mensageiro o pintor Filastro Ferreira Paes. As obras foram concluídas em 1871. Na Revolução Federalista (1893), a capela foi invadida pelos revolucionários. Desde 1905 a senhora Paquita Valls Pereira cuidou e zelou pela capela, até seu desaparecimento. Em 13 de janeiro de 1963 os padres capuchinhos iniciaram sua demolição, apesar das manifestações contrárias. Para evitar essas manifestações as paredes do templo foram derrubadas pela madrugada. O projeto da nova igreja foi de autoria do arquiteto Edmundo Bruno e a primeira missa do novo templo foi celebrada em 8 de dezembro de 1966.
Assinar:
Postagens (Atom)