sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Obra de revitalização de canteiros é motivo de impasse


por: Melissa Louçan

Prefeitura e protetores do patrimônio histórico da cidade divergem

FRANCISCO BOSCO

PARALISAÇÃO: causa transtornos aos moradores da General Osório

Lançado em junho deste ano, o projeto de revitalização dos canteiros centrais da cidade avança pelo centro, mas não sem encontrar contratempos. Na avenida General Osório, as obras dos canteiros estão paradas há mais de duas semanas, o que se tornou um transtorno para os moradores e comerciantes do local.
Marlene Becker, que trabalha em um comércio em frente a um dos canteiros com as obras paradas, afirma que o trabalho foi interrompido, deixando apenas areia no lugar das antigas pedras. "Quando venta, a areia entra no estabelecimento e, quando chove, fica só barro. Isso está se tornando um problema", afirmou. Ela conta que há preocupação dos vizinhos com o término da obra, afirmando que muitos acham que ficará pela metade. "Além disso, de que adianta arrumar o canteiro e plantar, se depois não vão limpar?" questiona.
Já o secretário de Coordenação e Planejamento, Luís Alberto Gonçalves da Silva, responsável pela obra, afirma que a revitalização parou por um desencontro de informações, mas que será retomada em breve. "Tivemos que interromper o serviço devido a uma manifestação acerca da retirada das pedras portuguesas dos canteiros. Mas já houve uma revisão de posicionamento do grupo que se manifestou e, em breve, estaremos retomando a obra, apenas estamos dando tempo para a empresa licitada se reorganizar", explicou.
O grupo a que ele se refere é o Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda, que se manifestou contra a retirada das pedras portuguesas dos canteiros. De acordo com informações do secretário, o material em questão foi retirado a fim de ser limpo e realinhado nos mesmos espaços. "Em todos os projetos da prefeitura é levado em conta o valor histórico-cultural do patrimônio, conciliando com a questão de acessibilidade para a comunidade", avaliou ele, referindo-se às rampas para cadeirantes que serão colocadas nos canteiros.
Segundo Heloísa Beckman Morgado, representante do Núcleo de Pesquisas Históricas e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, as pedras em questão possuem imensurável importância histórica. Ela afirma que houve reclamações por parte da comunidade sobre a retirada do material. Devido a isso, foi feita a intervenção junto à Scoplan para solicitar informações do projeto. Feita a conciliação com a secretaria a respeito do trabalho, ela argumenta: "Houve comprometimento de recolocarem as pedras no traçado original e esperamos que isso seja feito".

FONTE JM

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