quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cavalgadas despontam como alternativa turística na região

últimas notícias
por: Cláudio Falcão

[00h:22min] 12/11/2010 - TURISMO
Cavalgadas despontam como alternativa turística na região
Um projeto de fomento ao turismo rural e, em especial, ao turismo de aventura, toma forma em Bagé.

divulgação
AVENTURA: projeto possibilita o contato com a natureza
São as Cavalgadas dos Pampas, que pretendem oferecer ao turista o contato integral com a natureza e com a história regional. A iniciativa é coordenada pela prefeitura, com apoio do Sebrae e conta com a participação da Pousada Chácara das Roseiras, que disponibiliza a tropilha de cavalos, arreamento e o guia. Os roteiros são exclusivos e a segurança dos usuários é um dos elementos prioritários. As opções de cavalgadas são variadas em tempo e distância, explicou o turismólogo da prefeitura, Juliano Munhoz. Os roteiros passam por antigas charqueadas, locais históricos, cavernas de pedra, estâncias tradicionais, vinícolas e vinhedos. Incluem, ainda, passeios ao Uruguai, participação no desfile farroupilha, em lidas campeiras e observação da fauna do Bioma Pampa. Munhoz acrescentou que os roteiros são realizados por corredores e estradas vicinais, pelos campos particulares. Já as hospedagens são mantidas em ambientes adaptados para receber o turista. Nesses locais pode-se apreciar a gastronomia típica da região no próprio cenário que lhe deu origem. A iniciativa surge como forma de valorizar os locais históricos regionais e para fortalecer o comprometimento da comunidade com seu passado histórico e cultural.

Turismo a cavalo

editorial
por: Glauber Pereira

[00h:43min] 12/11/2010 - Opinião
Turismo a cavalo
toda vez que um novo projeto pretende alavancar a atividade lá se vão repórteres e reportagens a conferir um determinado grau de empreendedorismo e esperança

A história do discurso e da prática de desenvolvimento do turismo em Bagé causa reações diversas. Escrever sobre o tema é uma tarefa que tem duas dimensões. Uma delas, positiva; a outra, melancólica.Como um dos setores mais ligados às questões de qualidade, interação com a comunidade ou, ainda, afinidade com os processos de publicidade, o setor ganha facilmente a simpatia dos veículos de comunicação. Assim, toda vez que um novo projeto pretende alavancar a atividade lá se vão repórteres e reportagens a conferir um determinado grau de empreendedorismo e esperança: “desta vez vai dar certo”. Afinal, cada município se empenha em demarcar seu terreno de identidade, sua característica social ou uma eficiente fonte de renda permanente. Exemplo disso é a cidade de São Borja que, mesmo na distante fronteira Oeste, na divisa da Argentina, consegue repercutir seu estilo de explorar economicamente o Rio Uruguai e sua culinária na base dos peixes abundantes. Mas ainda lida com uma história política de tirar o fôlego de qualquer gaúcho: é terra de Getúlio Vargas, João Goulart e de Leonel Brizola.As questões culturais devem se casar com as possibilidades oferecidas pela natureza. Quando essa simbiose não acontece de maneira espetacular, é preciso lançar mão de criatividade para evidenciar as potencialidades turísticas. Então, muitas vezes não adianta possuir um sem-número de haras cinematográficos se esses locais – particulares – não puderem, por exemplo, ser visitados de maneira regular e sistematizada. Um novo projeto pretende incentivar a visitação e o conhecimento da história da Rainha da Fronteira a partir da fórmula das tradicionais cavalgadas. Unindo aventura e hospedagem, história e ecologia, o conceito pode pegar. Principalmente em se tratando de uma cidade que não tem, pelo menos tão perto do centro, um recurso natural de grandiosidade indiscutível. Espera-se que as entidades envolvidas angariem o sucesso necessário para fazer desta proposta uma ação permanente.

Para onde vai o Turismo em Bagé

Cidade
por: Cláudio Falcão

[00h:09min] 07/12/2010 - INVESTIMENTO
Para onde vai o Turismo em Bagé
O ano de 2010 trouxe algumas realizações para o setor turístico, ainda que a atividade necessite de maiores investimentos.

ARQUIVO/JM
POTENCIAL: ações conjuntas fortalecem a atividade
O poder público, pelas ações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Smdet) em parceria com os municípios inseridos na região do Pampa e do Alto Camaquã e, ainda, com a Associação Pampa Gaúcho de Turismo (Apatur) desenvolveu diversas ações para incentivar o trade turístico regional. Entre os projetos aprovados consta a sinalização de Bagé e seus pontos turísticos, com 100 placas, semipórticos e painéis para pedestres. Este projeto está orçado em R$ 220.130,00, Além desta sinalização está aprovada outra, a do Pampa, com 112 placas, num projeto de R$ 158.600,00. De acordo com Juliano Munhoz, turismólogo da Smdet, será construído um Espaço Multifuncional, orçado em R$ 300 mil, no Parque do Gaúcho. O espaço será como uma réplica de uma tradicional vila do interior da campanha. Em paralelo, o Projeto Pampa, em parceria com o Sebrae, prevê cavalgadas, cursos de atendimento ao turista, gestão de pousadas e hotéis, associativismo, marketing para hotéis, além de Cursos de Roterização e Planejamento Estratético do Turismo. Com uma verba aprovada de R$ 25 mil, o projeto contemplou a participação de Bagé no Salão Gaúcho de Turismo, no Salão Brasileiro e no Festival de Gramado, todos com estandes e ambientados tipicamente. No âmbito da região aconteceram seis edições do Fórum Regional de Turismo do Pampa Gaúcho nos seguintes municípios: Bagé, Caçapava do Sul, Lavras do Sul , Santana do Livramento, Dom Pedrito e Minas do Camaquã. Ainda durante o ano de 2010 o Fórum do Alto Camaquã teve três edições em Piratini, Caçapava do Sul e Lavras do Sul. Um dos pontos fortes para os empreendedores do turismo foi a criação da Apatur que teve concretizado seu planejamento estratégico e assinado um Termo de Cooperação com a Prefeitura de Bagé.As parcerias com o Senar e com o Senac trouxeram cursos de artesanato em lã e couro e cursos de Guia de Turismo Nacional, este com três turmas em funcionamento aos sábados à noite. Munhoz acrescentou que o Projeto Mala de Garupa atingiu cerca de duas mil pessoas em Bagé, com o objetivo de criar uma consciência coletiva da importância do turismo para engajar a população no processo de consolidação da atividade. Nesse sentido, estão em funcionamento as Cavalgadas do Pampa, com seis roteiros diferentes. Foi estabelecido, também, o Roteiro Integrado do Alto Camaquã, que inclui Bagé, Caçapava do Sul, Piratini, Santana da Boa Vista, Pinheiro Machado e Lavras do Sul numa grande zona para ecoturismo. Em razão das ações do projeto Alto Camaquã é que a região entrou para a Associação Internacional de Montanhas Famosas, status que eleva o cacife regional para atrair nova levas de turistas. Além disso, Bagé faz parte da Subcoordenadoria de Turismo das Mercocidades, que é coordenada por Porto Alegre. Todos esses projetos foram divulgados pela prefeitura e Apatur em diversos eventos como: Festa Internacional do Churrasco, Semana Crioula, Festival de Musica do Pampa, Galponeira, Dança Bagé, Semana de Bagé, Motoencontro Integração, na Feira Internacional do Artesanato em Bagé, no Salão Gaúcho de Turismo, no Salão Brasileiro de Turismo, no Festival de Turismo de Gramado e na Expotchê de Brasília.

Projetos para o próximo ano***********************
Ainda conforme as informações de Munhoz algumas ações estão projetadas para o setor em 2011. A promoção do Turismo é pauta permanente nesse sentido, sempre somada a outras iniciativas como os programas: de qualificação “Cama Café”, “Seja um anfitrião” e “Bolsa de línguas”. A Roteirização do Alto Camaquã, a construção da Casa do Turista, que reunirá todas as informações e referências para quem chega à cidade e a Feira do Artesanato do Pampa são outros itens importantes para o turismo local no ano que se aproxima. Esse esforço conjunto já produziu suas mudanças. Bagé recebeu, entre eventos, turismo rural, atividades culturais e negócios, um total de 17mil visitantes em 2009 e houve um incremento para 22 800 visitantes em 2010.

Historiador pede tombamento do arroio Bagé



Cidade
por: Munique Monteiro

[21h:38min] 30/12/2010 - HISTÓRIA
Historiador pede tombamento do arroio Bagé
O Arroio Bagé já é considerado Patrimônio Histórico, Natural e Paisagístico do Município, assim como os arroios Tábua e Perez.

FOTOS ARQUIVO/JM
LOCAL: considerado patrimônio histórico, natural e paisagístico do município
Porém, para o historiador Cláudio Antunes Boucinha, a legislação que existe hoje é insuficiente para proteger o arroio Bagé. Para o historiador, é preciso visar à preservação do núcleo urbano da cidade, com o tombamento da paisagem urbana, especialmente do leito do arroio Bagé e lotes adjacentes que configuram o arranjo citadino.Segundo conta Boucinha, o arroio Bagé faz parte do núcleo fundante da cidade. “A história e o nome de Bagé se confundem com o arroio. O traçado do arroio aparece até mesmo antes da configuração do núcleo urbano, como passo de arroio” explica. Para o historiador, esgotar, aniquilar, poluir, restringir, limitar, ocupar, transformar em canal de esgoto, é não perceber a importância do arroio para a cidade. “Atacado por todos os lados, o arroio precisa de ajuda para sobreviver. As populações ribeirinhas devem receber apoio para procurar novas residências. O arroio precisa ser cercado pelo poder público” opina.Boucinha explica que a área de entorno proposta para tombamento, visa a garantir a paisagem local, especialmente a relação do núcleo urbano com o arroio, para manter a qualidade do ambiente e a relação entre conceito de sítio histórico e conceito de meio natural. “O espaço público próximo as casas, deve ser delimitado até 50 metros a partir do centro do leito do arroio. As rochas, sendo motivos para estudos e contemplação dos visitantes, assim como a mata nativa e a ciliar, também devem ser preservadas” afirma.O secretário de Meio Ambiente, Alexandre Melo, sobre a proposta de tombamento sugerida pelo historiador, disse não ter nada contra a ideia, porém, opina que o arroio já possui todas as proteções legais necessárias para a sua preservação. Melo lembra que no ano de 2010, foi feita uma limpeza inédita no local, onde foram reassentadas 29 famílias. “Reafirmo nosso compromisso de melhorar a qualidade das águas de Bagé, e já estamos fazendo ações concretas” destaca. Para tanto, o secretário conta que existem recursos garantidos para duas áreas de lazer, que serão criadas no Paredão e na Panela do Candal. Através do PAC 2, Melo diz que foi captado mais de R$ 1,1 mil para elaborar, em 2011, o estudo sobre a drenagem da cidade, que apontará os caminhos de preservação e reassentamento. Outro destaque está nos residenciais em construção pelo “Minha casa, minha vida”, onde 10% de suas unidades serão destinadas às famílias que estão nas margens dos arroios. Valorizando o trabalho do Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb), Melo fala que graças a recursos do governo federal, um percentual de esgoto muito grande esta sendo retirado dos arroios Bagé e Gontam.