segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Bagé cresceu com a beleza das suas ruas em paralelepípedos,asfaltar - é cortar um pedaço de sua história,é tirar uma parte do amor do povo bageense"

Manoel Ianzer
Acredito que asfaltar as ruas de Bagéé um crime contra seu patrimônio histórico,seria como por exemplo - asfaltar as ruas de Ouro Preto.

José Francisco Botelho


obs: concordo plenamente...acho um absurdo sem tamanho
A notoriedade de Bagé,está na história de seu povo,na preservação de suas ruas, prédios e fazendas,tornando maior a sua importância.

Manoel Ianzer

Cidade é militar desde a fundação

por: Niela Bittencourt
Há quase 200 anos, as condições geográficas favoráveis de uma região fronteiriça motivaram as tropas pacificadoras de Dom Diogo de Souza, que marchavam rumo a Montevidéu,...
a montarem um acampamento no local para descanso e reorganização do contingente. Ao partir, a coluna deixou no acampamento um grupo de militares, e agregados à tropa, feridos e doentes. Esse montante passou a adaptar o local às suas necessidades básicas sob o comando do tenente Pedro Fagundes de Oliveira. Com isso, de maneira progressiva, surgiu um pequeno povoado, hoje o município de Bagé.Conforme explicou o mestre em História pela Universidade de Passo Fundo, Cláudio Lemiezeck, o potencial da localidade para servir aos militares como ponto roteador de travessia equidistante entre cidades como Pelotas e Santana do Livramento, e, também, como ponto de partida principal no caminho a Montevidéu, impulsionou o desenvolvimento. Uma vez que a circulação de militares e comerciantes prosseguiu nos anos seguintes.Na história, Bagé figura como cenário de inúmeras revoluções, que envolveram líderes militares. Em 1827, por exemplo, a Guerra da Cisplatina marcou as disputas entre Brasil e Uruguai. Já na Revolução Farroupilha, republicanos e imperialistas passaram pela cidade e, outros, estabeleceram-se na região durante o período do conflito. O Duque de Caxias iniciou aqui, em 1844, as conversações em busca da paz, que envolveram, ainda, o general Antônio de Souza Netto e Vicente de Fontoura. Já em 1893, acontece a Revolução Federalista, quando Carlos Telles, Joca Tavares e Gaspar Silveira Martins foram figuras de destaque. Cabe lembrar, a resistência dos militares, chefiados por Carlos Telles, ao cerco dos Maragatos, uma das disputas mais sangrentas que a cidade testemunhou.“Bagé foi berço de grandes guerreiros, que sempre estiveram envolvidos com o serviço militar”, enfatizou o historiador. Entre eles, destaca os considerados patronos das armas da cavalaria e da artilharia, General Osório e General Mallet, respectivamente, que residiram e constituíram família na cidade. Segundo ponderou, porém, a importância real da cidade para os militares era estratégica. Fato confirmado desde as disputas entre as coroas portuguesa e espanhola, a partir do Tratado de Tordesilhas.

Retirado do blog http://bagealemfronteira.blogspot.com/

BAGÉ
No extremo sul, na fronteira,
Num trono de realeza,
lhe fez a natureza,
Está Bagé sobranceira,
Qual "Rainha da Fronteira",
Ostentando com nobreza,
A simpatia e a beleza,
De cidade prazenteira.
Terra de Joca Tavares
E de Silveira Martins,
Cuja voz vibra nos ares,
Bagé, pela sua história,
Sem precisar de espolins,
Tece seu manto de glória.
Attila Taborda - 1943

Prefeitura avalia a transferência de Minuano e Aragana



por: Dora Beledo


As esculturas de Minuano e Aragana, que antes davam as boas-vindas a quem chegava à cidade,há três anos foram transferidas para a Praça das Carretas porque naquele local aconteciam os principais festejos gauchescos da cidade. Casualmente, desde a troca de domicílio dos cavalos, as festas campeiras de Bagé passaram a ocorrer no Parque do Gaúcho. Nesta semana, onde se comemora a Semana Farroupilha, as esculturas vivem sua maior fase de solidão.Sensibilizada com a questão envolvendo as esculturas de Aragana e Minuano, a prefeitura estudará uma melhor alternativa para as obras equinas. O secretário municipal de Planejamento, Luis Alberto Silva, revelou que o prefeito está analisando a possibilidade de transferir as esculturas para o Parque do Gaúcho, onde ocorrem os mais importantes festejos gauchescos da cidade. “Mas ainda não temos data definida”, encerrou.Na Praça das Carretas, Aragana e Minuano têm seus dias de intensa alegria quando servem de brinquedo para as crianças que estão a caminho de suas casas ou escolas. Mas nem mesmo aos finais de semana o público naquele local aumenta significativamente para prestigiar o trabalho do artista plástico Oscar Roberto Salis. E, como se não bastasse, vândalos se aproveitam da falta de público e de vigias para riscar e depredar. Na época em que as esculturas foram transferidas para a Praça das Carretas, a antiga gestão justificou o ato informando que havia a necessidade de construir um novo pórtico no qual os cavalos não teriam como ser comportados pelo novo projeto. A escolha do novo lugar teria ocorrido por ser o que mais lembrava o passado gauchesco da cidade, sendo, naquela ocasião, o ponto que mais simbolizava a tradição da cidade, e que, em determinadas épocas do ano, era ocupado por PTGs e CTGs.

Concluída a sinalização turística da região do Pampa




por: Dora Beledo
[23h:23min] 11/09/2010 - TURISMO



Com o objetivo de facilitar o acesso do fluxo de visitantes aos atrativos turísticos, o governo do Estado finalizou, esta semana, a implantação de 112 placas de sinalização turística em 10 municípios da região do Pampa:
Aceguá, Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Rosário do Sul, Sant’Ana do Livramento e São Gabriel.A iniciativa, que tem o objetivo de ampliar e melhorar a infraestrutura turística de cada região, está viabilizando a instalação de 1 232 placas nas 11 regiões turísticas gaúchas, com um investimento total de R$ 1,6 milhão. Cada placa, confeccionada em aço galvanizado, possui a medida de 2,50m x 1,20m, sendo implantada ao lado das rodovias, em sapatas de concreto armado, respeitando os termos técnicos definidos pelo Código de Trânsito Brasileiro, DNit, Daer/RS e Ministério do Turismo. Os recursos para a confecção e a implantação das placas são oriundos do Tesouro do Estado, por meio do projeto “Caminhos do Turismo”, integrante do “Programa estruturante nossas cidades”.A proposta técnica, com indicação das informações, bem como o local para a instalação das placas, foi apresentada pelo representante de cada região turística. As placas indicativas de Aceguá estão posicionadas ao longo da BR 153. As de Bagé, nas BRs 473, 293 e 153. A sinalização de Candiota encontra-se no acesso ao município, bem como na BR 293 e na Rodovia Miguel Arlindo Câmara. As placas de Dom Pedrito estão fixadas ao longo da BR 293. Segundo o secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Heitor Gularte, a execução de projetos para desenvolvimento do turismo, por meio da adequação de infraestrutura, além de permitir a ampliação do segmento, melhora a capacidade, a segurança e a qualidade de atendimento oferecido ao visitante. Com a conclusão das sinalizações das regiões do Pampa, bem como do Litoral Norte e Central, o secretário acrescenta que já está em tramitação o edital de licitação para a contratação da empresa que implantará a sinalização nas outras oito regiões. “Até o final do ano, a revitalização da sinalização de todas as regiões deverá estar concluída. Consideramos a finalização dessa etapa do projeto como a primeira obra de infraestrutura concluída com vistas à preparação do Rio Grande do Sul para a Copa de 2014”, finalizou.

Existiu ou não o índio Ibajé?

25/08/2010
Simôni Costa
Toda história antiga é cercada de muitas lendas e crenças. O surgimento de uma cidade é, especialmente, um capítulo que merece atenção tanto de historiadores, quando dos próprios moradores. Bagé, às vésperas de completar os seus 200 anos, busca-se de várias maneiras resgatar a sua história. Já no nome da cidade, existe uma polêmica. Há quem diga que no local onde hoje Bagé está situada, viveu um índio minuano chamado Ibajé.O índio Ibagé estaria enterrado no Cerro da cidade e, do seu nome, teria se originado o nome do município. A existência desse índio nunca foi comprovada, alguns acreditam que seja uma lenda. O professor de história, Cláudio Boucinha, argumenta que o túmulo do índio, que comprovaria a sua vida em Bagé, jamais foi encontrado. Outros, em 1780, foram achados, mas na região de Tapes e, não, no Cerro, local onde a lenda aponta que viveu o índio Ibajé.- O nome Ibajé indica que o índio deveria ter sido uma espécie de pajé, por isso vivia isolado da tribo que fazia parte, realizando rituais religiosos. Mas o túmulo desse índio jamais foi encontrado, nele deveria constar pedras e não cruzes cristãs.Já o jornalista e integrante do Conselho Municipal de Cultura, Orlando Carlos Brasil, fala que apesar de achar interessante cultuar a imagem do índio Ibajé, é pouco provável que ele tenha dado nome à cidade. Brasil alega que, segundo estudos que já fez sobre o assunto, um dos motivos é que o índio teria que ter morrido com mais de 100 anos.- Antigamente, dificilmente um indígena chegava aos 40 anos de vida, observa Brasil.A outra hipótese diz que a origem do nome Bagé vem da linguagem indígena, e está relacionada com a idéia de "cerros". Os índios chamavam os Cerros de "mbayê".Boucinha alerta ainda para outra possibilidade. O nome indígena, que aparece em alguns mapas espanhóis antigos, "Passo do Bayé", que com o passar dos anos teria sofrido alterações devido a fala, culminando em "Bagé". Já a palavra Passo teria evoluído para Cerro.Com estes indicativos, A Biblioteca Pública Municipal Dr. Otávio Santos realizou na semana passada uma exposição contando a história do Índio Ibajé. Durante a exposição foi realizada uma enquete perguntando: "Você acredita que o índio Ibajé deu origem ao nome da cidade de Bagé?"Ao fim da enquete, a diretora Ana Lúcia Soares, divulgou que 80% dos votos da população acredita que a origem do nome da cidade se deve ao fato de que o Índio Ibajé viveu e morreu em Bagé.O historiador Cláudio Lemiesek afirma que em todos os estudos que fez acerca da possível existência do cacique, nunca encontrou nenhuma fonte primária que lhe comprovasse que o índio Ibajé viveu nessa região.- Ainda que esta seja uma importante lenda de força poética para a história de Bagé.