16/06/2011 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO
FONTE JM
A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público foi deferida pelo juiz da 3ª Vara Cível, Roberto Coutinho Borba.
TORRE: ficou descaracterizada
Na última terça-feira, três operários iniciaram a demolição da estrutura da torre do Castelinho, prédio que nomeia o bairro Jardim do Castelo. Conforme o parecer judicial, devem ser responsabilizados o proprietário e o executivo pelas avarias.
A torre é remanescente da chácara de Cornélio Martins, e trata-se de uma estrutura de caixa d’água construída entre 1910 e 1915. A ação dos operários descaracterizou a edificação, uma vez que foi destruída por completo a estrutura de ameias. A liminar emitida por Borba interrompe a obra e autoriza a restauração dos danos causados mediante autorização judicial.
O proprietário e a prefeitura correm o risco de pagamento de multa diária de R$ 5 mil e responsabilização criminal caso haja novas intervenções no local. Borba pediu o cumprimento da liminar com urgência visto o valor histórico da propriedade. O executivo consta na ação porque emitiu, através da Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento (Scoplan), um alvará que autorizava a demolição da estrutura.
O secretário, Luís Alberto Gonçalves Silva explica que os técnicos da secretaria não encontraram motivação legal para a preservação. Conforme Silva, a Lei Municipal 4836 conserva apenas a estrutura do prédio. “Com o desmembramento do terreno, a torre ficou pertencendo a outro lote diferente do terreno do Castelinho, por isso, foi autorizada a demolição”, justifica.
Caso semelhante
No dia 23 de dezembro de 2010, uma mobilização popular impediu a descaracterização de outro prédio histórico na cidade. À época, a estrutura da fachada do casarão situado na esquina do cruzamento da avenida Presidente Vargas com a avenida Marechal Floriano era demolida. Diversas lideranças intelectuais, artísticas e políticas compareceram ao local para sensibilizar a comunidade em relação à defesa e preservação do patrimônio arquitetônico da cidade. O resultado foi a interrupção da obra e ordem de reparo às avarias causadas.
Bem Vindos a Bagé !!! Porta de entrada para o pampa gaúcho,seus campos preservam o bioma natural da região e seu povo não se cansa de mencionar a sua rica arquitetura urbana e rural.Como o gaúcho de fronteira jamais viveu sem um cavalo,só poderia ser por aqui que se encontra o que há de melhor na produção eqüina nacional,principalmente dos puros-sangues ingleses e dos crioulos.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Rádio Cultura de Bagé
A Rádio Cultura de Bagé iniciou suas operações exatamente às 10 horas da manhã do dia 04 de Julho de 1946, sendo a quarta emissora de rádio do RS, seu proprietário era Atahualpa Dias.
Marcou época com vários programas, tais como o “Teatro em Família”, “Jornal falado G4”, “QG do Gaúcho, Casa Ramos”, “Corrente da Solidariedade”, “O céu e o chão da Querência”, “Bagé em desfile”, “Visão Geral”, este, no ar desde 1973 e premiado como melhor programa de notícias do interior do estado em 1974; também o programa “Terra Pampeana”, com Valter Fagundes.
As jornadas esportivas da dupla Ba-Guá, entre vários outros.
Em 1994, a Cultura passou a integrar a Rede Gaúcha Sat, transmitindo os principais programas da Rádio Gaúcha, destacando-se o “Correspondente Ipiranga” e as jornadas esportivas da dupla Gre-Nal.
Um ataque monumental
editorial
por: Glauber Pereira
JM
[23h:13min] 15/06/2011 - OPINIÃO
É urgente distinguir claramente locais que pertencem à memória pública daqueles prédios velhos que podem realmente ficar melhores se reformados
Desde que o polêmico divisor de águas caracterizado, de um lado pela premente necessidade de construir para satisfazer a demanda por habitações numa cidade que cresce e, de outro, por um grupo cada vez mais forte que tomou a si o dever de preservar prédios antigos, jamais havia se visto uma ação tão violenta. Eis que a torre do Castelinho, prédio antigo que dá lugar a todo o condomínio tradicional de Bagé quase veio abaixo na tarde de ontem por obra e nome do desenvolvimento.
A priori não se pode mensurar se o problema maior está na falta de informação ou na ausência de sensibilidade dos responsáveis pelo trabalho executado por três operários. Afinal, informações colhidas pela reportagem do Jornal MINUANO dão conta de que o conjunto arquitetônico do castelinho é tombado e deve ser protegido pelas autoridades locais, fato que gerou, inclusive, ação civil pública contra o avanço da destruição averiguada nas ameias, aquelas elevações graduais que tão bem caracterizam antigas fortificações. Mas nem tal proteção foi suficiente.
A tentativa constitui-se, então, em maior agressão ao patrimônio se for a ela contabilizada mais de uma dezena de prédios antigos que vieram abaixo nos últimos avanços do mercado imobiliário de Bagé, embora alguns prédios reservem algum questionamento quanto à sua importância arquitetônica ou histórica. Contudo, a estética óbvia e a ligação entre o cenário formado pela edificação e a comunidade de Bagé justificou real estupefação entre as testemunhas. E se, além destes argumentos, somar-se o fato de que a cidade vive a plenitude das comemorações de seu bicentenário, o fato torna-se inconcebível.
O acontecimento faz cada vez mais urgente uma movimentação da prefeitura de Bagé na proteção de seu patrimônio material e imaterial, uma vez que, com exceção de um inventário que protege 20 prédios da cidade, executado pela Urcamp no ano de 2009, pouco se tem visto no sentido de um posicionamento público sobre o tema. É preciso estabelecer um critério confiável e técnico para defender aquelas construções que integram o imaginário local, que constroem a identidade do bajeense. É urgente distinguir claramente locais que pertencem à memória pública daqueles prédios velhos que podem realmente ficar melhores se reformados.
por: Glauber Pereira
JM
[23h:13min] 15/06/2011 - OPINIÃO
É urgente distinguir claramente locais que pertencem à memória pública daqueles prédios velhos que podem realmente ficar melhores se reformados
Desde que o polêmico divisor de águas caracterizado, de um lado pela premente necessidade de construir para satisfazer a demanda por habitações numa cidade que cresce e, de outro, por um grupo cada vez mais forte que tomou a si o dever de preservar prédios antigos, jamais havia se visto uma ação tão violenta. Eis que a torre do Castelinho, prédio antigo que dá lugar a todo o condomínio tradicional de Bagé quase veio abaixo na tarde de ontem por obra e nome do desenvolvimento.
A priori não se pode mensurar se o problema maior está na falta de informação ou na ausência de sensibilidade dos responsáveis pelo trabalho executado por três operários. Afinal, informações colhidas pela reportagem do Jornal MINUANO dão conta de que o conjunto arquitetônico do castelinho é tombado e deve ser protegido pelas autoridades locais, fato que gerou, inclusive, ação civil pública contra o avanço da destruição averiguada nas ameias, aquelas elevações graduais que tão bem caracterizam antigas fortificações. Mas nem tal proteção foi suficiente.
A tentativa constitui-se, então, em maior agressão ao patrimônio se for a ela contabilizada mais de uma dezena de prédios antigos que vieram abaixo nos últimos avanços do mercado imobiliário de Bagé, embora alguns prédios reservem algum questionamento quanto à sua importância arquitetônica ou histórica. Contudo, a estética óbvia e a ligação entre o cenário formado pela edificação e a comunidade de Bagé justificou real estupefação entre as testemunhas. E se, além destes argumentos, somar-se o fato de que a cidade vive a plenitude das comemorações de seu bicentenário, o fato torna-se inconcebível.
O acontecimento faz cada vez mais urgente uma movimentação da prefeitura de Bagé na proteção de seu patrimônio material e imaterial, uma vez que, com exceção de um inventário que protege 20 prédios da cidade, executado pela Urcamp no ano de 2009, pouco se tem visto no sentido de um posicionamento público sobre o tema. É preciso estabelecer um critério confiável e técnico para defender aquelas construções que integram o imaginário local, que constroem a identidade do bajeense. É urgente distinguir claramente locais que pertencem à memória pública daqueles prédios velhos que podem realmente ficar melhores se reformados.
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