terça-feira, 20 de março de 2012

Reunião com entidades tradicionalistas convoca figurantes

por: Cláudio Falcão [01H:21MIN] 20/03/2012 - CINEMA Uma reunião coordenada por Mirabeau Borba dos Santos, realizada ontem às 19h30min, no auditório do Palacete Pedro Osório, serviu para fazer um convite aos representantes das entidades tradicionalistas. FRANCISCO DE ASSIS
PARTICIPAÇÃO: cavaleiros foram convidados para filmagens O objetivo do encontro, segundo Santos foi divulgar o projeto e regulamento do desfile da 33ª Semana Crioula Internacional de Bagé, além de dar espaço à equipe das gravações de O Tempo e o Vento para o convite. A produção do filme estava representada pelo diretor assistente, Zeca Brito e pela produtora de figuração, Marta Henstschk. As gravações deverão necessitar de cerca de 500 homens a cavalo no dia 28 de abril. Nesse dia serão feitas duas gravações. Uma no Parque do Gaúcho e outra em uma propriedade rural distante cerca de 10 quilômetros do parque. Os cavaleiros inscritos e cadastrados deverão estar no parque às 6h. Um café da manhã será oferecido aos figurantes e, um churrasco ao meio-dia, antes das tomadas no estabelecimento rural. Cada figurante receberá uma ajuda de custo simbólica de R$50, que poderá ajudar no ferrageamento dos cavalos. Marta destacou que o cadastramento é fundamental para a organização do trabalho. Zeca salientou que só serão aceitos figurantes do sexo masculino e maiores de 18 anos. fonte jm

A arte de fazer cinema

por: Cláudio Falcão [01H:18MIN] 20/03/2012 - CINEMA Por trás das câmeras
PERFEIÇÃO: cenografia busca fidelidade As filmagens de O Tempo e o Vento estão quase começando e os bajeenses cada vez mais curiosos. A chegada do elenco, com todo o rebuliço que a presença de atores e atrizes provoca, é aguardada com entusiasmo. Todo esse glamour não conta nem a metade do trabalho realizado para que se possa chegar às filmagens. O coprodutor do filme, Beto Rodrigues, revela o panorama operacional de todo o processo que resulta naqueles momentos emocionantes na tela. Ele é diretor da Panda Filmes, empresa coprodutora do longa, realizado com a produtora principal que é a Nexus Cinema e Vídeo, de São Paulo. Poucos sabem, a não ser quem é do meio cinematográfico, que o projeto de realização de um filme envolve muito tempo de trabalho fora do alcance das câmeras. Aliás, bem antes delas começarem a rodar para gravar qualquer cena. Beto Rodrigues está nesse projeto desde 2010. Uma vez definido o projeto, várias equipes entram em ação para que o filme comece a se concretizar. No total, centenas de participantes são envolvidas para que um filme seja produzido. As equipes Basicamente um filme tem a equipe técnica e a equipe artística, conta Beto, estas, por sua vez, são divididas em departamentos específicos. Entretanto, o trabalho se complementa com o desempenho de cada um desses departamentos. E são vários: existe o departamento de arte, o de direção, o de produção, fotografia e som. Estes são os departamentos estruturais. Beto descreve que o de arte, por exemplo, confere a identidade visual do filme. É onde entra o trabalho dos cenógrafos, da equipe que cuida do figurino, dos objetos de época, da maquiagem, cabelo. “É um trabalho complexo e rico”, esclarece o coprodutor, “pois é o pano de fundo que dá a fidelidade da cena interpretada pelos atores”, complementa. A cidade cenográfica Para dar vida à Santa Fé imaginada por Erico Verissimo, a equipe de cenógrafos e cenotécnicos entra em campo muito cedo, muitas semanas antes das filmagens. Quando começam tudo tem que estar pronto e testado para que não haja acidentes. Segurança é palavra de ordem com essas equipes. Além dessa segurança, que é fundamental, existe o perfeccionismo. Cada detalhe da cada prédio ou rancho, ou mangueira ou, até mesmo uma árvore, é concebido e elaborado pela cenografia com a perfeição necessária a cada cena. É nessa equipe que a produção do longa oferece trabalho qualificado à mão de obra local. Os cenógrafos capacitados orientam os operários para que tudo saia perfeito. Uma das dificuldades de um set como o de Santa Fé no Parque do Gaúcho é ser montado e utilizado ao ar livre. “Tudo requer um trabalho mais forte e diferenciado para não termos problema com as filmagens”, explica Rodrigues. Dificuldades O departamento de produção lida com várias dificuldades. A primeira delas é, sem dúvida, o custo das locações, do grande número de pessoal contratado e de material utilizado. “Temos uma estimativa de custos e lutamos para não extrapolar”, acrescenta Beto. Entre as equipes básicas trabalham cerca de 180 pessoas. Só para a montagem da cenografia são aproximadamente 70 profissionais. Quando chegar o elenco completo, que nem sempre está todo ao mesmo tempo, a equipe geral chega perto de 300 indivíduos. Tudo é feito em ritmo acelerado, pois o plano de filmagem deve ser obedecido à risca, ainda que possam ocorrer mudanças. Num filme dessa natureza existem ainda cuidados extras como os animais envolvidos, o risco de acidente com os atores. Para evitar essas surpresas são contratados tratadores experientes. Os cabeças de equipe também fazem o que se chama de “Scout” nas locações, eles vão aos locais que serão rodadas as cenas e detalham quais as dificuldades que irão enfrentar. A alimentação rica e boas acomodações para os membros das equipes é preocupação constante para a produção. O retorno A presença de uma equipe tão numerosa deixa um saldo positivo para a comunidade, além do intercâmbio cultural. Toda essa gente consome, oferece mão de obra e possibilita a movimentação de recursos financeiros. Beto Rodrigues revela que a assessoria do filme já possui mais de 200 matérias a respeito das atividades. “Estou só aguardando o dia do lançamento do filme aqui em Bagé”, declarou com entusiasmo. “A cidade vai estar eternizada. A escolha de Bagé não foi por acaso. A região da Campanha é um dos grande desenhos geográficos do estado, junto com os Aparados da Serra e o Litoral. Tudo isso vai ficar aqui pronto para que se crie a Rota do Filme, como atração turística”, encerrou Beto. FRANCISCO BOSCO
BETO: “Bagé será eternizada” fonte jm