Bem Vindos a Bagé !!! Porta de entrada para o pampa gaúcho,seus campos preservam o bioma natural da região e seu povo não se cansa de mencionar a sua rica arquitetura urbana e rural.Como o gaúcho de fronteira jamais viveu sem um cavalo,só poderia ser por aqui que se encontra o que há de melhor na produção eqüina nacional,principalmente dos puros-sangues ingleses e dos crioulos.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Escadaria de museu em Bagé recebe obras feitas em barro.
Bagé/RS – Cerâmicas iluminadas
Escadaria de museu em Bagé recebe obras feitas em barro.
À noite, as esculturas dispostas ao longo de 60 degraus ganham um brilho extra.
Subir os 60 degraus que separam o pórtico de entrada do Museu Dom Diogo de Souza até sua porta principal será uma experiência diferenciada até o final do verão, em Bagé. Principalmente à noite. Depois de um intercâmbio com o grupo Bando de Barro, reconhecido nacionalmente, ceramistas de Bagé se juntaram com integrantes do grupo de diferentes lugares do Estado e adornaram cada ânfora da escadaria do museu com uma obra em cerâmica iluminada individualmente. Ao todo, estão na exposição 26 obras.
Rica em matéria-prima, a região de Bagé extrai por dia no mínimo duas toneladas de argila. As mais encontradas no solo da Campanha são as de cores avermelhadas. Com uma produção contínua de obras em cerâmica, dois grupos de ceramistas da cidade passaram por um intercâmbio de técnicas com artistas do Bando de Barro. Um misto de tons, com argila de Bagé, de outros lugares do Estado e de São Paulo pode ser observado a cada degrau da escadaria: terrosos, ocres e nuanças pastel enchem os olhos e ganham destaque com os feixes de luz que saem de dentro de cada peça quando a noite cai e as luzes são acesas.
Um misto de tons de argila serviu de matéria-prima para as 26 obras.
Articuladora do Bando de Barro em Bagé, Carmen Barros explica que para a exposição no museu não foi definido tema. Além dos 13 artistas bageenses, foram convidados mais 13 ceramistas. O curador da exposição, Rodrigo Nuñez, escolheu o museu como cenário em busca de uma harmonia entre o prédio português repleto de adornos e a rusticidade do barro.
– O conjunto das obras iluminadas à noite com o prédio é encantador. Subir as escadas até o museu é um momento de contemplar o conjunto de obras misturado à belíssima arquitetura do local. E cada obra tem sua característica própria – explica Carmen Barros.
O que é o Bando de Barro
- Coletivo de artistas reconhecido nacionalmente pelo seu pioneirismo na produção de uma manifestação ancestral: o fazer cerâmico.
- Idealizado a partir das convicções de ceramistas de todo o Brasil, o grupo se caracteriza por desenvolver mecanismos próprios de funcionamento (é independente, sem ligação institucional ou política), focado no processo de produção e inclusão artística. Realiza projetos de exposições, oficinas, palestras e demais atividades que venham somar e contribuir para a democratização do acesso à arte e à divulgação da cerâmica. Hoje, o grupo é formado por cerca de cem ceramistas.
Hydraulica Municipal
Bagé/RS – Hydraulica Municipal
Antiga hidráulica municipal de Bagé.
Correio do Povo do dia 9 de janeiro de 1912, terça-feira, noticiava:
Bagé, 8 – Hontem, com a presença do coronel José Octavio Gonçalves, intendente municipal, e de autoridades civis e militares, foi lançada a pedra fundamental do reservatorio da Hydraulica Municipal. Ao acto affluiram muitas familias, povo e bandas de musica. O engenheiro contractante da construcção, dr A. Saldanha, pronunciou um discurso, felicitando o intendente do municipio pelo importante melhoramento. O coronel José Octavio respondeu, congratulando-se com o povo de Bagé, pela construcção da Hydraulica Municipal de Bagé.
Cemitério das Tunas - Tombado como patrimônio histórico da cidade
Bagé/RS – Cemitério das Tunas guarda parte da memória do município
Tombado como patrimônio histórico da cidade, local apresenta avarias provocadas pela ação do tempo.
Esquecidos em localidades distantes do interior do município, os cemitérios de campanha, à primeira vista, parecem desertos. Mas, ao adentrar na placidez desses locais é possível perceber que ali não repousam somente mortos do passado, mas também partes esquecidas da história do município. A preservação de parte de uma dessas histórias foi garantida através da Lei Municipal nº 5 126, de 3 de abril de 2012, que declarou patrimônio histórico do município o cemitério das Tunas, que, ao lado dos cemitérios dos Anjos e da Guarda, está entre os mais antigos do município. Mesmo guardando tanta história, o local apresenta túmulos muito deteriorados, que exigem manutenção constante.
Localizado em Tunas, próximo ao Corredor dos Azambujas, o local guarda os restos mortais de gerações dos moradores, cujas datas remontam a tempos em que Bagé ainda engatinhava para tornar-se uma cidade do porte que apresenta hoje.
No local é possível encontrar jazigos de 1875. Alguns túmulos estão tão danificados que se tornaram escombros. Nas lápides, desgastadas com o tempo, muitas vezes não se consegue identificar o nome e a data do sepulcro, tão antigos que são.
Entre todos esses, um imponente túmulo branco se projeta em meio aos outros. É o jazigo da família do coronel Antônio Xavier de Azambuja, primeiro intendente municipal, que governou a cidade entre 1893 e 1897, com um breve período de interrupção durante a Revolução Federalista de 1893. À época da morte do Coronel, em 1913, as terras pertenciam à sua família, sendo o cemitério situado dentro da propriedade. Com o passar dos anos, novos jazigos foram se somando e poucos ainda restaram incólumes.
JAZIGOS: alguns túmulos estão em ruínas.
Atual proprietário da terra em que o cemitério está localizado, Artur Renato de Campos Rodrigues comemora o tombamento do local como patrimônio histórico. Ele conta que o processo foi iniciado por ele e Armando Azambuja, um dos bisnetos do antigo intendente, que buscaram junto aos órgãos públicos uma forma de preservar o local e logo o pedido foi atendido. “Eu até tento manter o local bem conservado, mas é muito difícil. Então buscamos o poder público, que nos deu total suporte e agora está auxiliando na preservação das memórias de Bagé”, comemorou.
Rodrigues conta, ainda, que o local recebe muitos visitantes em datas marcantes, como o Dia de Finados, embora o movimento tenha diminuído com o passar dos anos. “As pessoas estão perdendo o costume de visitar os cemitérios da campanha. Mas nós esperamos que, agora que ficou conhecido como um local histórico, procurem mais para conhecer um pouco sobre o passado da nossa cidade”, falou.Por Francisco Assis
fonte
http://www.defender.org.br/bagers-cemiterio-das-tunas-guarda-parte-da-memoria-do-municipio/
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