domingo, 25 de março de 2012

O cacique visita Bagé

por: Cláudio Falcão [20H:14MIN] 26/03/2012 - ESPECIAL Depois da cidade ter recebido o pajé Tchydjo, da tribo Kariri-Xocó, que vive em Alagoas, agora acolhe o cacique guarani Ariel Ortega. VIVIANE ABEJAMEDA/ESPECIAL JM
ATO: ritual em volta da fogueira pede proteção O pajé alagoano veio para participar da Semana Intercultural e Religiosa, no ano passado. O cacique está aqui como convidado da equipe de produção do longa-metragem “O Tempo e o Vento”, do diretor Jayme Monjardim. Ortega, cujo nome em guarani é Kuaray Poty, nasceu na província argentina de Misiones. Seu pai é guarani-argentino e sua mãe, guarani-brasileira. Ele tem 26 anos e, há três, foi escolhido como líder da comunidade indígena Alvorecer, em São Miguel das Missões (RS). Sua presença em Bagé se deve à participação do elenco indígena no filme, quando o cacique deverá auxiliar na escolha dos figurantes que virão da comunidade. Existe ainda, a possibilidade que Kuaray Poty faça algum tipo de figuração nas filmagens, admitiu ele. Cineasta O grande diferencial do cacique é a sua atividade como cineasta. Ele já fez três documentários a respeito do cotidiano do povo indígena, em especial o povo Guarani. Segundo Poty, os guaranis são um povo sem fronteiras. Estão presentes no Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia. E, nesses documentários, o líder guarani revela características de sua gente, como eles encaram o curso da vida, sem o estresse permanente do homem branco. A autenticidade de seu trabalho, “Bicicleta de Nanderu”, já lhe valeu diversos prêmios no Brasil e viagens de divulgação pela Espanha, França, Alemanha e Suíca. O nome Kuaray Poty, de acordo com a tradução oferecida por Ortega, quer dizer Raio do Sol; por analogia pode-se entender que o cacique é uma pessoa que tem a missão de iluminar seus irmãos índios. De fato, além de ser o cacique escolhido por sua comunidade, ele pode vir a ser, também, um líder espiritual, ainda que não tenha bem clara para si essa situação. Seu avô materno desempenha funções de lideranca política e espiritual em uma comunidade Mbya-Guarany da província de Misiones, na Argentina, e se constitui numa das principais referências de conduta de Kuaray Poty. “Meu maior sonho é ter a sabedoria do meu avô e poder passá-la para meus filhos e netos”revelou. A respeito de sua formação, o cacique admite que não estudou como os homens brancos. Teve alguma educação na Argentina, mas foi ao estilo índio. De modo geral existem professores da própria aldeia e as crianças começam a aprender português depois dos nove anos. “Não temos a obrigação de ter uma profissão como os brancos. A nossa religiosidade também e diferente. Chamamos de espiritualidade, mas não existe um nome para isso. Temos nossos deuses ou espíritos, o conjunto deles chamamos de Nanderu. Acredito que foi a nossa espiritualidade que nos manteve unidos e nos ajudou a desenvolver a capacidade de adaptação às dificuldades”, disse ele. Uma das principais dificuldades do povo guarani é ver demarcadas e legalizadas as suas terras. No Rio Grande do Sul são 25 comunidades indígenas e algumas ainda sofrem com a falta de reconhecimento de sua área física. Cerimônia Na última sexta-feira, na Pousada Chácara das Roseiras, o cacique realizou uma cerimônia religiosa que eles chamam de “Nemboatey”. Nesse ritual, as pessoas se reúnem ao redor do fogo e simplesmente conversam, esperando inspiração espiritual. “Para nós as palavras são muito importantes e no Nemboatey buscamos as ‘belas palavras’ que resultam dessa reunião”, explicou. De certa forma, a cerimônia serviu para pedir a proteção e ajuda dos espíritos guaranis para as atuações do povo indígena nas filmagens. Kuaray Poty disse que essa foi a primeira vez que esteve em Bagé, mas já soube da presença de irmãos índios aqui, no passado, e o Nemboatey serviu, também, como uma reverência à memoria deles também. fonte jm

Gravações de “O Tempo e o Vento” têm início

por: Melissa Louçan [22H:25MIN] 26/03/2012 - CINEMA Ontem à tarde, a Charqueada São João, em Pelotas, foi palco da celebração de início das gravações do filme “O Tempo e o Vento”. Circularam pelo local as grandes estrelas que fazem parte do elenco do filme, além de membros da produção e convidados. O Jornal MINUANO esteve presente e registrou o começo das gravações de um dos maiores projetos cinematográficos da história do cinema nacional. Como é habitual, o diretor Jayme Monjardim deu início às gravações com missa e confraternização entre a equipe. A cerimônia religiosa foi realizada na Charqueada, que também já serviu de pano de fundo para a minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, do mesmo diretor. O local é vizinho a uma das locações, onde serão gravadas as cenas do sobrado. A grande dama do cinema brasileiro, Fernanda Montenegro, esteve presente ao encontro. A atriz, que irá representar a forte Bibiana Terra, personagem-chave da obra, comentou a estreita relação com o povo do sul. “Já me sinto em casa no Rio Grande do Sul, porque já representei esse Estado em outros trabalhos antes e gosto muito do povo daqui” afirmou. A atriz ainda não emite opiniões ou comentários sobre a personagem que irá interpretar, mas falou sobre a expectativa de transpor para a tela a obra máxima da literatura gaúcha. “É uma obra consagrada, de reconhecida qualidade literária, é uma história de amor a terra. Então sempre há muita ansiedade e responsabilidade ao trabalhar em uma produção desse porte” falou. Já o ator que dará vida ao Capitão Rodrigo Cambará, Thiago Lacerda, falou sobre a preparação para entrar na pele do personagem. “O processo de preparação foi curto, mas muito intenso, ainda mais mergulhado na terra e na cultura gaúcha. Agora preciso parar de ficar com medo e entrar de cabeça nesse mundo. Mas as coisas acontecem gradualmente e acredito que tudo vai depender deste primeiro dia de filmagem, que irá ditar o ritmo para o resto do trabalho” afirmou ele. O ator também comentou a oportunidade de poder contracenar diretamente com Fernanda Montenegro. “Está sendo um privilégio poder conviver com ela, que tem me proporcionado dias tão prazerosos e reveladores. É uma realização, não só profissional, mas também pessoal”. Ansioso por dar início às gravações, o diretor Monjardim garantiu que o trabalho será realizado em 14 semanas de dedicação intensa. “O trabalho que estamos realizando é baseado em uma obra grande, muito consistente, que vai exigir dedicação extrema. Em 12 dias estaremos em Bagé, iniciando as gravações em Santa Fé, onde ficaremos por 40 dias” adiantou. O diretor também teceu elogios à grande dama da dramaturgia. “Sem ela (Fernanda Montenegro) não teria filme. Desde o início eu pensei nela para interpretar essa personagem forte que é a Bibiana. Foi uma escolha fundamental, porque todo o filme está calçado sobre a Bibiana, que é um elo de ligação entre todas as gerações” revelou. Um bajeense em meio às estrelas ************************* O ator Gladimir Aguzzi chegou a Pelotas na última semana, junto com as outros atores e equipe da produção. O bajeense, que irá interpretar Antero no longa-metragem, passou os últimos dias em meio aos maiores nomes da arte nacional e gaúcha, como Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marat Decartes e Zé Adão Barbosa. “Fiquei surpreso com a gentileza, humildade e carinho com que os atores nos tratam. Dá para perceber a ânsia em aprender, não só coisas relacionadas ao filme, como a cultura do sul” falou. Em posição privilegiada, Aguzzi avalia a oportunidade de atuar ao lado de grandes nomes da dramaturgia brasileira. “Estou me sentindo muito bem ao lado de uma equipe de qualidade tão boa como essa. É uma grande experiência poder ter a possibilidade de conviver e aprender com eles” afirmou o ator. A rotina de gravações iniciou cedo hoje. Às seis da manhã os atores já estavam sendo esperados no set para iniciar as gravações da primeira cena do longa-metragem, que já foi ensaiada por Lacerda e Fernanda na última semana, em companhia do diretor. Tudo inicia quando uma já octogenária Bibiana (Fernanda Montenegro), em meio ao cerco do sobrado, recebe a visita do espírito do marido, Capitão Rodrigo Cambará (Thiago Lacerda), que morreu em combate décadas antes. fonte jm

terça-feira, 20 de março de 2012

Reunião com entidades tradicionalistas convoca figurantes

por: Cláudio Falcão [01H:21MIN] 20/03/2012 - CINEMA Uma reunião coordenada por Mirabeau Borba dos Santos, realizada ontem às 19h30min, no auditório do Palacete Pedro Osório, serviu para fazer um convite aos representantes das entidades tradicionalistas. FRANCISCO DE ASSIS
PARTICIPAÇÃO: cavaleiros foram convidados para filmagens O objetivo do encontro, segundo Santos foi divulgar o projeto e regulamento do desfile da 33ª Semana Crioula Internacional de Bagé, além de dar espaço à equipe das gravações de O Tempo e o Vento para o convite. A produção do filme estava representada pelo diretor assistente, Zeca Brito e pela produtora de figuração, Marta Henstschk. As gravações deverão necessitar de cerca de 500 homens a cavalo no dia 28 de abril. Nesse dia serão feitas duas gravações. Uma no Parque do Gaúcho e outra em uma propriedade rural distante cerca de 10 quilômetros do parque. Os cavaleiros inscritos e cadastrados deverão estar no parque às 6h. Um café da manhã será oferecido aos figurantes e, um churrasco ao meio-dia, antes das tomadas no estabelecimento rural. Cada figurante receberá uma ajuda de custo simbólica de R$50, que poderá ajudar no ferrageamento dos cavalos. Marta destacou que o cadastramento é fundamental para a organização do trabalho. Zeca salientou que só serão aceitos figurantes do sexo masculino e maiores de 18 anos. fonte jm

A arte de fazer cinema

por: Cláudio Falcão [01H:18MIN] 20/03/2012 - CINEMA Por trás das câmeras
PERFEIÇÃO: cenografia busca fidelidade As filmagens de O Tempo e o Vento estão quase começando e os bajeenses cada vez mais curiosos. A chegada do elenco, com todo o rebuliço que a presença de atores e atrizes provoca, é aguardada com entusiasmo. Todo esse glamour não conta nem a metade do trabalho realizado para que se possa chegar às filmagens. O coprodutor do filme, Beto Rodrigues, revela o panorama operacional de todo o processo que resulta naqueles momentos emocionantes na tela. Ele é diretor da Panda Filmes, empresa coprodutora do longa, realizado com a produtora principal que é a Nexus Cinema e Vídeo, de São Paulo. Poucos sabem, a não ser quem é do meio cinematográfico, que o projeto de realização de um filme envolve muito tempo de trabalho fora do alcance das câmeras. Aliás, bem antes delas começarem a rodar para gravar qualquer cena. Beto Rodrigues está nesse projeto desde 2010. Uma vez definido o projeto, várias equipes entram em ação para que o filme comece a se concretizar. No total, centenas de participantes são envolvidas para que um filme seja produzido. As equipes Basicamente um filme tem a equipe técnica e a equipe artística, conta Beto, estas, por sua vez, são divididas em departamentos específicos. Entretanto, o trabalho se complementa com o desempenho de cada um desses departamentos. E são vários: existe o departamento de arte, o de direção, o de produção, fotografia e som. Estes são os departamentos estruturais. Beto descreve que o de arte, por exemplo, confere a identidade visual do filme. É onde entra o trabalho dos cenógrafos, da equipe que cuida do figurino, dos objetos de época, da maquiagem, cabelo. “É um trabalho complexo e rico”, esclarece o coprodutor, “pois é o pano de fundo que dá a fidelidade da cena interpretada pelos atores”, complementa. A cidade cenográfica Para dar vida à Santa Fé imaginada por Erico Verissimo, a equipe de cenógrafos e cenotécnicos entra em campo muito cedo, muitas semanas antes das filmagens. Quando começam tudo tem que estar pronto e testado para que não haja acidentes. Segurança é palavra de ordem com essas equipes. Além dessa segurança, que é fundamental, existe o perfeccionismo. Cada detalhe da cada prédio ou rancho, ou mangueira ou, até mesmo uma árvore, é concebido e elaborado pela cenografia com a perfeição necessária a cada cena. É nessa equipe que a produção do longa oferece trabalho qualificado à mão de obra local. Os cenógrafos capacitados orientam os operários para que tudo saia perfeito. Uma das dificuldades de um set como o de Santa Fé no Parque do Gaúcho é ser montado e utilizado ao ar livre. “Tudo requer um trabalho mais forte e diferenciado para não termos problema com as filmagens”, explica Rodrigues. Dificuldades O departamento de produção lida com várias dificuldades. A primeira delas é, sem dúvida, o custo das locações, do grande número de pessoal contratado e de material utilizado. “Temos uma estimativa de custos e lutamos para não extrapolar”, acrescenta Beto. Entre as equipes básicas trabalham cerca de 180 pessoas. Só para a montagem da cenografia são aproximadamente 70 profissionais. Quando chegar o elenco completo, que nem sempre está todo ao mesmo tempo, a equipe geral chega perto de 300 indivíduos. Tudo é feito em ritmo acelerado, pois o plano de filmagem deve ser obedecido à risca, ainda que possam ocorrer mudanças. Num filme dessa natureza existem ainda cuidados extras como os animais envolvidos, o risco de acidente com os atores. Para evitar essas surpresas são contratados tratadores experientes. Os cabeças de equipe também fazem o que se chama de “Scout” nas locações, eles vão aos locais que serão rodadas as cenas e detalham quais as dificuldades que irão enfrentar. A alimentação rica e boas acomodações para os membros das equipes é preocupação constante para a produção. O retorno A presença de uma equipe tão numerosa deixa um saldo positivo para a comunidade, além do intercâmbio cultural. Toda essa gente consome, oferece mão de obra e possibilita a movimentação de recursos financeiros. Beto Rodrigues revela que a assessoria do filme já possui mais de 200 matérias a respeito das atividades. “Estou só aguardando o dia do lançamento do filme aqui em Bagé”, declarou com entusiasmo. “A cidade vai estar eternizada. A escolha de Bagé não foi por acaso. A região da Campanha é um dos grande desenhos geográficos do estado, junto com os Aparados da Serra e o Litoral. Tudo isso vai ficar aqui pronto para que se crie a Rota do Filme, como atração turística”, encerrou Beto. FRANCISCO BOSCO
BETO: “Bagé será eternizada” fonte jm

sexta-feira, 16 de março de 2012

Capitão Rodrigo já está em Bagé

por: Melissa Louçan [00H:20MIN] 17/03/2012 - CINEMA
“Buenas e me espalho”. Assim um dos mais célebres personagens da literatura brasileira se apresentou em 1949 e entrou para sempre na história e no imaginário dos leitores da trilogia “O tempo e o vento”. Esta semana, a personificação do Capitão Rodrigo chegou à cidade para dar vida a um dos personagens mais marcantes da obra de Erico Verissimo. O ator Thiago Lacerda será responsável por transportar para a tela toda a força e o caráter ambíguo do Capitão. Na cidade desde a madrugada de ontem, o ator, que já é quase filho da terra, passou o dia visitando as locações do longa de Jayme Monjardim. “Me sinto em casa aqui. Minha relação com o Estado e, em especial, com a cidade, é muito grande. É sempre bom poder voltar para casa” afirmou ele. Com a data das primeiras gravações se aproximando, ele conta que a expectativa aumenta a cada dia. “Já sabia que participaria do filme há muito tempo, então sempre houve essa espera. Mas, à medida que o tempo passa, aumenta cada vez mais” disse. A ânsia por encarnar o papel foi percebida no início do mês, quando o ator postou em seu blog “Já ouço o Minuano soprando forte. A partir de amanhã já pego com as unhas O Tempo e o Vento... Que venha, Capitão!” publicou ele. Com o trabalho na novela “A vida da gente” concluído há pouco mais de duas semanas, o ator chegou à cidade para mergulhar de cabeça na obra. “Vou usar esse tempo para levantar o personagem, ficar quieto, estudando a obra e o trabalho a ser feito” disse. A principal locação do filme já passou pela aprovação do astro, que afirmou: “O local está lindo e tudo isso é obra de uma equipe competente, que há muito trabalha com o Jayme. Vai ser um prazer trabalhar lá”. O futuro Capitão ainda revelou que a trajetória de Bibiana e Rodrigo Cambará compõe seu livro de cabeceira há muitos anos. “Li o Continente há muito tempo, mas a história do Capitão sempre me fascinou. Agora, estou lendo e relendo a obra em uma disciplina de estudos intensa, onde encontro o Erico pela boca do Capitão” finalizou. Reprodução JM
LACERDA: “é sempre bom poder voltar para casa” fonte jm

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cidade tem boas perspectivas no turismo para 2012

por: Maritza Costa Coitinho [23H:50MIN] 15/03/2012 - TURISMO Com a cidade cenográfica de Santa Fé, Bagé deve ampliar suas possibilidades turísticas a partir deste ano. Divulgação
ROTEIROS TURÍSTICOS: agora são organizados O fato se soma a outras iniciativas, que já têm melhorado o serviço na cidade. Para um turista que chega a Bagé já é possível, por exemplo, contar com rotas turísticas prontas para conhecer as potencialidades da região. São quatro roteiros: patrimônio histórico, caminhos rurais, ecoturismo e caminho farroupilha. Assim que chega à cidade, o visitante recebe informações sobre como participar destes roteiros na Casa do Artesanato, na avenida Santa Tecla, na entrada da cidade. O Coreto, que antes funcionava como central de informações, até julho está voltado apenas como ponto de informações sobre os 200 anos da cidade, das 8h às 14h. Além dos roteiros estabelecidos, a prefeitura conta com dois guias turísticos fixos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Neste ano, formam-se mais duas turmas de Técnicos em Turismo pelo Senac. O coordenador municipal de Turismo, Juliano Munhóz, salienta que, “está trabalhando com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que inicia em maio uma turma de guias turísticos para o Ensino Médio. Durante o ano, serão oferecidos cursos profissionalizantes de camareira, meios de hospedagem e recepcionista”. Outro avanço registrado em 2011 foi a criação da primeira agência de turismo receptivo. “A tendência é que novas agências deste tipo sejam criadas na cidade”, comenta. Com relação à estrutura, algumas melhorias são apontadas por Munhóz, entre elas, a implantação de uma sinalização turística, abertura de novos hotéis e pousadas, asfaltamento das ruas centrais e melhorias de iluminação, saneamento e saúde, tudo que reflete no bem receber ao turista. Divulgação
VISITANTES: podem escolher rotas e ter acompanhamento de guias fonte jm

segunda-feira, 12 de março de 2012

Projetos para Santa Fé

por: Melissa Louçan [00H:17MIN] 13/03/2012 - CINEMA Enquanto a fictícia cidade de Santa Fé dá novos contornos ao Parque do Gaúcho, a prefeitura comemora a instalação na cidade do longa-metragem baseado na obra de Erico Verissimo,... ARQUIVO JM LOCAL: será parque de visitação visando os frutos que a cidade irá colher após o término das gravações, como o desenvolvimento do turismo na cidade. Conforme explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Magda Flores, após o término das gravações, a cidade cenográfica irá passar às mãos da prefeitura para ser utilizada como estímulo ao turismo, graças a uma parceria entre o município e as produtoras do longa, Nexus e Panda Filmes. A vila é composta por 18 construções, além da figueira no átrio principal, que acompanha toda a trama. As construções possuem fundação e telhados permanentes, que poderão ser utilizados posteriormente. Mas o material escolhido para compor as paredes foi madeira, a fim de baixar os custos da produção. O material que está sendo utilizado possui vida útil de aproximadamente três anos, com boa conservação. Porém, como explica a secretária, já está sendo elaborado um projeto para garantir que essa parte da história não se deteriore com o tempo. "Estamos acertando um projeto de adoção das construções. Todos os prédios, após o término das filmagens, poderão ser adotados por empresas ou pessoas físicas com interesse em conservar o local", contou ela. Magda falou ainda que essa proposta deve possibilitar que as paredes de madeira sejam substituídas por alvenaria, além de submeter as construções a um processo de envelhecimento, que dará credibilidade às construções de época. "As empresas que aderirem terão sua marca registrada na história de Bagé através de uma placa que será instalada no local", adiantou. Magda diz ainda que o parque, além de se tornar ponto permanente de visitação turística, também está sendo cotado para sediar espetáculos de batalha anualmente. "A exemplo de Laguna, em Santa Catarina, que todo ano encena as batalhas de Anita e Giuseppe Garibaldi, nós vamos encenar as importantes batalhas travadas pelo Estado. Mas esse é um projeto para o futuro, que está sendo pensado para aumentar o potencial turístico", adiantou. A secretária salienta ainda que o projeto só terá início ao término das gravações, mas quem tiver interesse já pode entrar em contato com a Smdet, através do número 3247 1395.

Ator Thiago Lacerda chega na quinta-feira

por: Redação [00H:28MIN] 13/03/2012 - CINEMA Filmagens iniciam no dia 26
LILIANE FERRARELLI/Especial JM O diretor do longa-metragem O Tempo e o Vento, Jayme Monjardim, reuniu, ontem, na Prefeitura de Bagé, o grupo de produção do filme. Na ocasião, foram discutidos temas como figurino, maquiagem, locações, transporte, atores e figurantes, tópicos pertinentes ao início das filmagens previstas para o próximo dia 26. O prefeito Dudu Colombo saudou Monjardim e sua equipe e reafirmou a parceria, oferecendo todo o suporte necessário para a execução das filmagens. O diretor agradeceu o apoio recebido do governo municipal. “É essencial para a realização do filme o apoio da prefeitura. Estamos felizes por tudo que o prefeito Dudu vem fazendo”, salientou. Segundo Monjardim, é importante ressaltar que 60% da equipe que atuará no filme é da cidade ou do Estado. “Estamos tentando fazer com que o filme seja tão real quanto deveria ser na época”, disse. O cineasta ainda comentou que serão utilizados equipamentos de alta tecnologia, como filmadoras totalmente digitais e com ótima resolução para detalhes. Estão programadas 12 semanas para a conclusão das filmagens. Programação ********** A partir de hoje, começam a chegar os primeiros atores, para se habituarem aos costumes, clima e os locais de filmagens. Na quinta-feira, o ator Thiago Lacerda chega à cidade. Já no domingo, uma equipe vai para Pelotas para a verificação de locações. No entanto, a partir da próxima segunda-feira, começam a chegar grupos de atores, câmeras e maquinários para a preparação dos sets. No sábado, será rodada a cena teste. fonte jm

domingo, 11 de março de 2012

Atores realizam prova de figurino

por: Melissa Louçan [20H:51MIN] 12/03/2012 - O TEMPO E O VENTO ESPECIAL Enquanto a cidade cenográfica de Santa Fé se encaminha para a finalização, a equipe de produção do longa-metragem O Tempo e o Vento segue em frente em outras áreas do filme. Fotos: Milena Fischer / especial jm
Danny Gris é Florêncio Terra No final da semana passada, foram realizados os testes de figurino e maquiagem dos atores que irão dar vida à obra de Erico Verissimo. Além disso, o diretor Jayme Monjardim já se encontra no Estado, seguindo de perto cada atividade do filme. Ele só deixará o Rio Grande do Sul quando as gravações terminarem. Convocado pelo diretor para comandar os figurinos do filme, o figurinista da Globo e carnavalesco, Severo Luzardo Filho, esteve em Porto Alegre. Entre os dias 8 e 9, comandou a primeira prova de figurino dos atores, que aconteceram no atelier do estilista Marcos Tarragó. Durante os dois dias, passaram pelo estúdio grande parte dos atores gaúchos escalados para atuação, como Leonardo Machado, Danny Gris, Luiza Ollé e Janaína Kremer, que viverá Bibiana na meia-idade. Entre as provas de figurino, os atores foram preparados pela maquiadora Marisa Amenta e a cabeleireira Emi Sato. Luzardo, gaúcho de Uruguaiana, explica que uma das partes favoritas do trabalho é montar um figurino de época. Morando no Rio há cerca de 10 anos, formado em arquitetura, artes plásticas e publicidade, trabalhou durante anos no segmento de moda, em Porto Alegre, até resolver que seguiria o ramo da criação para cinema, TV, ou para o carnaval (ele é carnavalesco da escola Império da Tijuca). "Nesse tipo de trabalho você desenha, cria a partir de referências, dá forma ao personagem, por isso gosto muito de produções de época", explica. Tendo iniciado o trabalho em outubro do ano passado, o figurinista já viajou para Argentina e Uruguai em busca de pesquisa histórica e referências de época: "O gaúcho não tem fronteiras, a formação remete aos países do Prata, o que podemos constatar pelas pinturas da época com a qual estamos trabalhando. São elas que nos trazem as verdadeiras cores e formas do que existia. Pesquisamos mais de 40 pintores" revelou no blog do filme. O figurinista ressalta a importância da identificação do ator nas roupas e acessórios do personagem. Por isso, as peças passam por um processo artesanal de envelhecimento. Luzardo tem uma equipe que só trabalha nessa etapa do figurino. Os tecidos são mergulhados em chá e café e depois tingidos com terracota, especialmente nas barras, para dar a impressão de sujeira de anos de uso. Os tecidos também são lixados e desgastados. Tudo para que o figurino mostre credibilidade nas telonas. DIVULGAÇÃO
Luzardo e o jovem Pedro Terra (Rafael Tombini) fonte jm

segunda-feira, 5 de março de 2012

Produção de O Tempo e o Vento em busca de carruagem fechada

por: Melissa Louçan [00H:35MIN] 06/03/2012 - CINEMA Para compor as cenas com credibilidade, a equipe de produção do longa O Tempo e o Vento precisa estar atenta aos detalhes. REPRODUÇÃO JM
VEÍCULO FECHADO: utilizado em viagens longas Antes de ser escolhido o objeto o material passa por análise, de acordo com o período histórico da trama. Esta "limitação temporal" é um dos problemas enfrentados pela equipe, já que grande parte dos objetos utilizados durante o período em que a obra se desenrola já não existe mais ou é de fabricação rara e difícil localização. Primeiro foram as buscas pelas "telhas coxa", famosas por serem moldadas na coxa dos escravos. Estas foram utilizadas na cobertura dos prédios da Vila de Santa Fé. Depois foram as botas "garrão de potro". Agora a procura é por uma carruagem fechada, que na trama é utilizada para transportar a personagem Luzia, interpretada por Mayana Moura, do Rio de Janeiro até Santa Fé. De acordo com a produtora de arte do longa, Jussara Xavier, há algumas especificações para o veículo, já que ele será utilizado em uma viagem. "Aqui no Sul, são mais comuns as carruagens troller, que são abertas, de passeio. Mas ninguém faz uma viagem do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul em um veículo aberto", explicou ela. Segundo Jussara, o veículo em questão é caracterizado por ser fechado, possuir três janelas de cada lado, fechadas com cortinas. Na parte da frente fica a acomodação do cocheiro e o bagageiro é localizado na parte traseira. Os detalhes específicos poderão ser providenciados pela produção do filme. Outro meio de transporte procurado pela produção é a canoa de madeira, estilo indígena, com uma só tora. Jussara ressalta que não é exigido bom estado de conservação do objeto. "Não precisa estar flutuando, nem ser muito grande, porque esses detalhes podem ser reparados depois, pela produção", adiantou. A produtora solicita que caso alguém possua algum destes itens, entre em contato com a Base de Produção do longa, através do número 3241 6364 ou ainda, através dos e-mails milfischer@gmail.com ou federico.bonani@gmail.com.
FONTE JM