quinta-feira, 28 de julho de 2011

O tempo e o vento em Bagé

AMEII ESSE TEXTO !!! INCRÍVEL E NOS DEIXA BOBOS EM IMAGINAR TODAS ESSAS OPORTUNIDADES QUE FARÃO MARAVILHAS PARA NOSSA CIDADE !!!!

por: Sapiran Brito

[23H:04MIN] 29/07/2011 - OPINIÃO



A comunidade tem acompanhado as conversações entre o poder público e a Globo Filmes para que seja rodado em Bagé as partes principais do filme “O Tempo e o Vento”.


Trata-se da obra fundamental de Erico Veríssimo sobre a história do Rio Grande de forma romanceada. Agora teremos uma versão para o cinema. Começo explicando para aqueles familiarizados com a obra que não se trata de uma transposição do romance para a tela. Literatura e cinematografia têm liguagens diferentes. A partir da obra original trabalharam nela três roteiristas, que fizeram o primeiro, o segundo e o terceiro tratamento com acompanhamento do diretor Jayme Monjardim. Evidentemente que os personagens e o conteúdo principal serão mantidos, o resto correrá por conta destes artistas que farão uma espécie de recriação, levando à tela a essência da história contada pelo romancista de forma resumida em 90 minutos a ela acrescentando a sua própria leitura e escrita. Monjardim sonha alto, segundo ele, até aqui, está será a sua maior obra e todos nós torcemos para que, quem sabe, ela não venha representar o Brasil na maior premiação cinematográfica do mundo, o Oscar. É tão grandiosa a empreitada que a Globo Filmes estabeleceu parceria com duas outras produtoras: Nexus Cinema de São Paulo e a Panda Filmes do Rio Grande do Sul, além dos apoios fundamentais das prefeituras: de Bagé, Candiota, Pelotas, Viamão e Paulínia no estado de São Paulo onde serão rodados em estúdios os interiores. No resultado final, graças a tecnologia e a geografia do cinema, tudo será fundido numa só região, as Missões e o Pampa gaúcho.
O custo total desta produção é de mais de nove milhões, sem contar os aportes financeiros e logísticos, contribuições dos municípios referidos. No nosso caso, Bagé, graças a uma demorada negociação conduzida com todo cuidado como deve proceder qualquer governo sério, o aporte financeiro será simbólico e captado junto a empresas que desejarem participar do projeto, de modo que não saiam recursos do cofre público municipal. Muito pelo contrário, teremos a médio prazo ganhos financeiros que irão beneficiar a cultura e o turismo local. Bagé ganhará nessa negociação uma cidade cenográfica, a Santa Fé imaginada por Erico, tomará forma material no Parque do Gaúcho, e existe todo um planejamento para o aproveitamento deste equipamento, logo após terminem as filmagens. Ganharemos também, porque faz parte do acordo negociado, o aproveitamento da mão de obra local, marceneiros, pedreiros, serralheiros, artesões, peões campeiros e mais uma gama de profissionais, estarão trabalhando de forma remunerada na produção. Também nosso povo participará da figuração, pequenos papéis e tarefas técnicas auxiliares. Especialmente jovens que se interessam por cinema terão a oportunidade de vivenciar e participar de uma superprodução, coisa que até ontem, era impossível de imaginar fosse acontecer um dia em Bagé. A par disso ganharão os hotéis, os bares, restaurantes, taxistas e outros serviços, que irão atender, não só a equipe do filme, como aos turistas que para cá se dirigirão para verem de perto e por dentro como se faz uma grande produção cinematográfica. Concluído o trabalho, o filme entrará em circuíto nacional e também será comercializado para o resto do mundo. Logo após será exibido em forma de minissérie, aqui e em vários países. Durante muitos anos, mundo afora se falará em Bagé, cidade que sediou “O Tempo e o Vento” e quem nos visitar poderá vestir-se com as roupas utilizadas no filme, tirar fotos de recordação dizendo: -”Aqui estou de Bibiana ou Capitão Rodrigo”. Figurinos, objetos e adereços utilizados permanecerão aqui a disposição no memorial de Santa Fé, que passará a usar as instalações para representações teatrais e até quem sabe um espetáculo permanente de som e luz. Também ficará a disposição do público cópia da película, registro de vozes dos atores, fotos e o macking off (o filme por dentro). Também pelo período que estiverem aqui, cenotécnicos estarão ministrando oficinas para que os nossos jovens se apropriem das técnicas e truques cinematográficos. Não resta a menor dúvida que esse será o grande evento em nossa cidade nos anos de 2011 e 2012. Não tenho a menor dúvida que só teremos a ganhar, portanto, é fundamental que todos “entre no espírito da coisa” e consigam dimensionar a grandeza e o significado do acontecimento e que nele se envolvam das formas mais diversificadas. Abracem o Tempo e o Vento como nós estamos abraçando. Acariciem o visitante, sejam atenciosos e hospitaleiros para que todos levem de nós, as melhores lembranças, pois esse será um momento único de afirmação de nossos tão cultuados valores, oportunidade rara para comprovarmos que somos gente de primeira e que não é por acaso que falam por aí tão bem de Bagé.
Para a decisão final de Monjardim foram fundamentais: os nossos equipamentos, a nossa paisagem, a nossa luz, os tipos humanos e especialmente a atenção e cuidados dedicados a equipe de produção. Isto só aumenta a nossa autoestima ao mesmo tempo que, faz pesar nos nossos ombros uma grande responsabilidade. Não podemos de forma nenhuma decepcioná-los. Ficam portanto convocados, todas as forças animadas e desanimadas, toda a sociedade organizada ou desorganizada, toda a iniciativa privada, todos os prestadores de serviços, todas as instituições, enfim, toda a sociedade bajeense. Vamos colocar em prática na boca desta gente que estará conosco o tido de Tarcísio Taborda: “Melhor que Bagé só Paris... Se não chover”.


FONTE JM

Justiça proíbe prefeitura de emitir alvarás de demolição

[23H:12MIN] 29/07/2011 - PATRIMÔNIO


Episódios recentes como a demolição do prédio que abrigava a 2ª Delegacia de Polícia Civil e a torre que dá nome ao bairro Jardim do Castelo, casos de demolição de imóveis que fazem parte do patrimônio arquitetônico,cultural e histórico de Bagé, resultaram numa ação civil pública movida pela promotora da Promotoria de Justiça Especializada de Bagé, Luciana Cano Casarotto, contra o município.


Na tarde de ontem, o juiz Roberto Coutinho Borba, deferiu despacho favorável à ação movida pela promotoria. A partir de agora, a Prefeitura de Bagé não poderá mais emitir alvarás de demolição, até que seja criado e formado o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental do Município de Bagé (Compreb).
A decisão também cancela os efeitos de alvarás de demolição irregulares e determina a utilização de um estudo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a elaboração de um levantamento cultural preliminar do município. Enquanto o Compreb não for constituído, estão proibidas as intervenções civis em imóveis inseridos em zonas de preservação cultural previstas em lei e prédios catalogados pelo Iphan. Quando o Conselho estiver formado, os alvarás poderão ser concedidos mediante análise e autorização.
Em sua argumentação a promotora salienta que a falta de um Inventário Cultural e Patrimonial para a cidade prejudica a preservação dos prédios. Luciana argumenta que a Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento (Scoplan) passou a exigir que os pedidos de alvará de demolição fossem instruídos com fotografias, com fins de avaliar o potencial cultural da edificação que sofreria alterações. Entretanto, essa mudança no procedimento formal não resultou em uma mudança na postura dos agentes públicos. Mesmo examinando imagens de prédios considerados dignos de conservação intermediária pelo Iphan, a secretaria emitiu alvarás autorizando suas demolições.


FONTE JM