sexta-feira, 15 de julho de 2011

Exposição de produtos na calçada divide opiniões


FONTE JM

Em cidades próximas, como Santana do Livramento, por exemplo, é comum ver roupas expostas nas calçadas das lojas, como forma de atrair o cliente.

ROUPAS PENDURADAS: não há impedimento legal para a prática

Em Bagé, porém, a prática é pouco usada, principalmente na avenida Sete de Setembro, principal ponto comercial da cidade. Bastou uma loja nova adotar a exposição diferenciada de produtos para começar a polêmica: afinal, pode ou não pode? E se pode, os consumidores concordam?
Na internet, um site de relacionamentos já registrou diversas opiniões de bajeenses desfavoráveis ao modo de vender da loja, localizada na avenida Sete, na quadra da Casa de Cultura. A proprietária, Leila Bakri, disse já ter conhecimento de algumas críticas, mas se mostra surpresa com os posicionamentos. “Temos loja em Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, Chuí e é a primeira vez que passamos por este tipo de problema”, conta, complementando que os produtos não impedem o passeio público, já que a exposição é aérea. “Os clientes estão recepcionando muito bem e recebemos muitos elogios”, argumenta. Leila diz, inclusive, que vai procurar o poder público para se certificar de que não está fazendo nenhuma irregularidade.
Embora esteja sendo motivo de polêmica, o responsável pela fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Elimar Castro, explica que não há legislação que proíba a prática. Ele ressalta que, de acordo com o artigo 18 do Código de Postura do município, o comércio é autorizado a colocar cadeiras e mesas no passeio público, a exemplos dos bares, o que gera a interpretação de que é permitido utilizar o espaço. “Só é preciso ter uma altura mínima de dois metros 10 centímetros para não atrapalhar quem está passando”, argumenta, lembrando, ainda, que existe legislação proposta pelo ex- vereador deficiente visual, Airton Leão, que impede que qualquer empecilho atrapalhe o ir e vir dos deficientes visuais. Como não é o caso da loja, Castro conclui que não há impedimento legal neste caso.

O que pensa a comunidade
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O que você achou desta forma de expor os produtos e atrair os clientes?

“Acho bom, é uma forma diferente de trabalhar e tudo que é diferente deve ser bem-vindo.”
Ana Paula Costa, 38 anos, técnica de enfermagem


“Estão fazendo a mesma coisa em Livramento, só que, às vezes, se torna um transtorno e acaba sendo excessivo.”
Elenise Lopes, 23 anos, agente educacional


“Acho que é uma faca de dois gumes. Metade da população vai gostar e a outra metade pode achar fora de uso. No meu ponto de vista, penso que a abordagem é um tanto agressiva e apelativa, principalmente para o visual da cidade, que acaba ficando feio. Imagina se todas as lojas optarem por fazer isso? Existem outras formas de marketing que podem trazer mais resultado.”
Leandro Sawchuk, 32 anos, palestrante


“Eu, particularmente, não concordo. Se a pessoa estiver interessada vai entrar na loja e pesquisar. Já passei várias vezes aqui e me incomoda esta forma de abordar.”
Anderson Garcia, 20 anos, tatuador

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