sexta-feira, 16 de julho de 2010

História de Bagé-RS


Bagé, município localizado no Estado do Rio Grande do Sul é conhecida como a Rainha da Fronteira, pois localiza-se na fronteira do Rio Grande do Sul.

Bagé está localizada a 60km do Uruguai, é o caminho mais curto entre Porto Alegre e Montevideo. Bagé desempenhou um papel importante na história do Estado do Rio Grande do Sul por conta de sua posição geográfica.

Os campos de Bagé foram alvo de disputa por parte dos índios, portugueses e também dos espanhóis. Bagé presenciou ainda importantes fatos, tais como a Guerra Cisplatina e as Revoluções Farroupilha e Federalista.

Na segunda metade do século XVII aconteceu o primeiro contato do município com o homem europeu, nessa época chegaram os primeiros padres jesuítas.
Os padres jesuítas que chegaram a Bagé foram os fundadores de São Miguel e desceram da região dos Setes Povos das Missões instalando-se em Bagé. Fundaraam no município a Redução Santo André dos Guenoas, em 1683.
Os padres pretendiam catequizar os índios de Bagé, porém os índios eram rebeldes se comparados aos índios missionários e aos homens brancos. A redução foi destruída pelos índios.
Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri. Por esse tratado os portugueses abriam mão da Colônia de Sacramento em troca de terras do atual Rio Grande do Sul e da expulsão dos Setes Povos para a outra margem do Rio Uruguai.
Em 1752 os exércitos de Portugal e da Espanha chegaram aos campos de Santa Tecla. O objetivo dos exércitos era demarcar as fronteiras. Os europeus foram repelidos por cerca de 600 índios charruas. Sepé Tiarajú era o comandante dos índios, a qual lhe foi atribuída a frase que aquelas eram “terras que Deus e São Miguel lhes haviam dado”.
Já em 1773, D. Juan José Vertiz y Salcedo, Governador de Buenos Aires, parte do Prata com mais 5.000 homens com o objetivo de expulsar os portugueses que encontravam-se alojados no Rio Grande do Sul.
Ao chegarem Rio Grande do Sul, D. Juan funda o Forte de Santa Tecla. O Forte era cercado por um fosso de 9 metros de largura e 2,5 de profundidade, tinha muralha de 3 metros de altura e baluartes que alcançavam 5,5 metros. O Forte foi arrasado duas vezes. A primeira, em 1776, Rafael Pinto Bandeira o invadiu e expulsou os espanhóis, destruindo parte de sua construção. Ainda hoje existem demarcações do Forte.
Em 1777 é assinado o Tratado de Santo Idelfonso. O Forte é ocupado por uma guarnição espanhola. Já os portugueses se estabeleceram em uma Coxilha que foi batizada como São Sebastião – Guarda de São Sebastião.
Anos depois, já em 1801 os espanhóis abandonaram todos os seus postos, incluindo o Forte de Santa Tecla. O Forte foi então demolido e arrasado pela segunda vez.
A partir de então o território passa aos domínios portugueses de forma definitiva. Em seguida as terras de Bagé foram ocupadas por sismeiros ou arrendadas a pessoas que se destacaram nos combates travados.
Colônias da Espanha conseguem independência da metrópole, isso já em 1810. No ano seguinte, em 1811, o Governador do Rio Grande do Sul, Dom Diogo de Souza, temendo alguma ação dos recém-separados espanhóis, ordena uma concentração do exercito português nas fronteiras.
Os portugueses montam seu acampamento próximo aos “Cerros de Bagé”, nesse local hoje situa-se o município de Bagé - RS.
Alguns historiadores contam que em 17 de julho de 1811, D. Diogo partiu com suas tropas para invadir o Estado Oriental del Uruguay, deixando para trás várias pessoas que não puderam acompanhá-lo e que originaram o município de Bagé no Estado do Rio Grande do Sul.
Até hoje a data de fundação do município em 17 de julho de 1811 ainda é discutida. Essa data foi estipulada em 1963, durante o Congresso do Segundo Centenário do nascimento de Dom Diogo de Souza.
A povoação do município foi aumentando vagarosamente, espalhou-se ao redor da Praça da Matriz, já que nesse local estava localizado o centro do acampamento.
Em 1820 foi construída uma igreja para abrigar a imagem de São Sebastião, o padroeiro da cidade. Em 1813 a imagem foi translada da Guarda da Coxilha para Bagé.
As terras do município de Bagé continuaram a ser cenários de guerras e batalhas mesmo após a demarcação definitiva das fronteiras.
Em 1825, D. Carlos de Alvear invadiu o território gaúcho, e no início de 1827, as forças do general Lavalleja entraram em Bagé, saqueando, queimando e destruindo o que encontravam pela frente. No ano seguinte, a assinatura do Tratado de Paz devolveu o sossego à fronteira.
Já em 1835 são os gaúchos que batalham entre si. A disputa entre os ideais republicanos e imperialistas foram os motivadores para eclosão dessa nova disputa.
Mais uma vez os campos de Bagé serviram como palco para diversas batalhas.
Em 10 de setembro de 1836 foi travada nos Campos do Seival umas das mais importantes e lembradas batalhas, a “Batalha do Seival”. Nessa batalha as tropas republicanas, comandadas por Antônio de Souza Netto, saíram vitoriosas e, no dia 11 de setembro, o mesmo General Netto, no atual Campo dos Menezes, margem esquerda do Rio Jaguarão, proclamou a República Rio – Grandense.
Em 18 de maio de 1846 Bagé foi elevada à categoria de freguesia.
Em 05 de junho de 1846 Bagé foi elevada à categoria de vila.
Em 22 de dezembro de 1858 Bagé foi reconhecida como cabeça de comarca.Em 15 de dezembro de 1859, Bagé é finalmente elevado à categoria de cidade do Estado do Rio Grande do Sul.



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