por: Niela Bittencourt
[00h:53min] 08/07/2010 - ESPECIAL
[00h:53min] 08/07/2010 - ESPECIAL
O “tempo” parou em Bagé
Basta observar a estagnação dos ponteiros dos relógios, localizados em pontos turísticos locais, para perceber que, em Bagé, o tempo não passa.
São peças antigas, heranças das décadas, símbolos de uma Era onde o progresso demandava tempo: não havia pressa. Esquecidos por muitos, os modelos mecânicos estão presentes na área urbana. No total, são sete, mas já não marcam as horas. Em alguns prédios, nem ao menos há estrutura adequada para o seu funcionamento e os ponteiros inertes figuram como adornos ou como pura representação do passado. Em 2008, um projeto buscou mobilizar as empresas locais em prol da revitalização do relógio do prédio Avenida. Na época, um orçamento, encomendado pela síndica Rita Rosane Dutra Cougo, avaliou o empreendimento em R$ 5 mil. “Houve interesse apenas de duas empresas de fora da cidade. Porém, não passou de especulação”, relatou. Para ela, a reativação da aparelhagem é um sonho que compartilha com os 33 condôminos. “A verdade é que Bagé não valoriza o que é de Bagé”, ponderou.Hoje, apenas um aparelho recebe atenção de quem passa pela principal via pública da cidade: um modelo digital, que marca tanto as horas quanto à temperatura. A poucos metros do local, alheio a modernidade, um equipamento acompanha o trajeto de vários transeuntes, que, de fato, já não atribuem utilidade a engrenagem. O relógio do antigo Mercado Público, localizado no Calçadão da cidade, onde o comércio e os pontos de ônibus impulsionam a circulação da população, é de responsabilidade do município. Conforme informou o secretário de atividades urbanas, Eduardo Mendes, em 2006 foi investido um montante considerável na reforma da peça. Contudo, já em 2008, mais uma vez o relógio público parou de funcionar. Ele afirmou, ainda, que a partir do interesse despertado pela reportagem do Jornal MINUANO, irá se dedicar a buscar alternativas para ativar a estrutura.
São peças antigas, heranças das décadas, símbolos de uma Era onde o progresso demandava tempo: não havia pressa. Esquecidos por muitos, os modelos mecânicos estão presentes na área urbana. No total, são sete, mas já não marcam as horas. Em alguns prédios, nem ao menos há estrutura adequada para o seu funcionamento e os ponteiros inertes figuram como adornos ou como pura representação do passado. Em 2008, um projeto buscou mobilizar as empresas locais em prol da revitalização do relógio do prédio Avenida. Na época, um orçamento, encomendado pela síndica Rita Rosane Dutra Cougo, avaliou o empreendimento em R$ 5 mil. “Houve interesse apenas de duas empresas de fora da cidade. Porém, não passou de especulação”, relatou. Para ela, a reativação da aparelhagem é um sonho que compartilha com os 33 condôminos. “A verdade é que Bagé não valoriza o que é de Bagé”, ponderou.Hoje, apenas um aparelho recebe atenção de quem passa pela principal via pública da cidade: um modelo digital, que marca tanto as horas quanto à temperatura. A poucos metros do local, alheio a modernidade, um equipamento acompanha o trajeto de vários transeuntes, que, de fato, já não atribuem utilidade a engrenagem. O relógio do antigo Mercado Público, localizado no Calçadão da cidade, onde o comércio e os pontos de ônibus impulsionam a circulação da população, é de responsabilidade do município. Conforme informou o secretário de atividades urbanas, Eduardo Mendes, em 2006 foi investido um montante considerável na reforma da peça. Contudo, já em 2008, mais uma vez o relógio público parou de funcionar. Ele afirmou, ainda, que a partir do interesse despertado pela reportagem do Jornal MINUANO, irá se dedicar a buscar alternativas para ativar a estrutura.
Presença do passado
Para a forma mandálica, o relógio representa o movimento perpétuo o oposto da estagnação. Talvez justamente por isso as estruturas dos prédios mais antigos tenham contado com os adereços. Na sede da Companhia Estadual de Energia Elétrica, no Hospital da Santa Casa de Caridade e na Catedral de São Sebastião, hoje, apenas constam a lembrança do que, em outros tempos, assinalou a evolução. No Centro Cultural de Santa Thereza, o relógio da capela de Santo Antônio, por vezes, passa por reajustes. Mesmo após a reforma da peça, reinaugurada em 2007, o que ela informa não é a hora exata. Acontece que, conforme explicou a administradora Eliane Pacheco, eventuais quedas de luz ocasionam o atraso dos ponteiros. “A cada quinzena é preciso acertar a posição”, revela. Ainda assim, nas últimas três visitas da equipe de reportagem ao local, o aparelho não se movia. Eliane, porém, enfatizou: “está funcionando”.
17.07.2010 - 199 anos - Feliz aniversário para Bagé e para seu alegre povo.
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