Bem Vindos a Bagé !!! Porta de entrada para o pampa gaúcho,seus campos preservam o bioma natural da região e seu povo não se cansa de mencionar a sua rica arquitetura urbana e rural.Como o gaúcho de fronteira jamais viveu sem um cavalo,só poderia ser por aqui que se encontra o que há de melhor na produção eqüina nacional,principalmente dos puros-sangues ingleses e dos crioulos.
terça-feira, 20 de março de 2012
A arte de fazer cinema
por: Cláudio Falcão
[01H:18MIN] 20/03/2012 - CINEMA
Por trás das câmeras
PERFEIÇÃO: cenografia busca fidelidade
As filmagens de O Tempo e o Vento estão quase começando e os bajeenses cada vez mais curiosos. A chegada do elenco, com todo o rebuliço que a presença de atores e atrizes provoca, é aguardada com entusiasmo. Todo esse glamour não conta nem a metade do trabalho realizado para que se possa chegar às filmagens. O coprodutor do filme, Beto Rodrigues, revela o panorama operacional de todo o processo que resulta naqueles momentos emocionantes na tela. Ele é diretor da Panda Filmes, empresa coprodutora do longa, realizado com a produtora principal que é a Nexus Cinema e Vídeo, de São Paulo. Poucos sabem, a não ser quem é do meio cinematográfico, que o projeto de realização de um filme envolve muito tempo de trabalho fora do alcance das câmeras. Aliás, bem antes delas começarem a rodar para gravar qualquer cena. Beto Rodrigues está nesse projeto desde 2010. Uma vez definido o projeto, várias equipes entram em ação para que o filme comece a se concretizar. No total, centenas de participantes são envolvidas para que um filme seja produzido.
As equipes
Basicamente um filme tem a equipe técnica e a equipe artística, conta Beto, estas, por sua vez, são divididas em departamentos específicos. Entretanto, o trabalho se complementa com o desempenho de cada um desses departamentos. E são vários: existe o departamento de arte, o de direção, o de produção, fotografia e som. Estes são os departamentos estruturais. Beto descreve que o de arte, por exemplo, confere a identidade visual do filme. É onde entra o trabalho dos cenógrafos, da equipe que cuida do figurino, dos objetos de época, da maquiagem, cabelo. “É um trabalho complexo e rico”, esclarece o coprodutor, “pois é o pano de fundo que dá a fidelidade da cena interpretada pelos atores”, complementa.
A cidade cenográfica
Para dar vida à Santa Fé imaginada por Erico Verissimo, a equipe de cenógrafos e cenotécnicos entra em campo muito cedo, muitas semanas antes das filmagens. Quando começam tudo tem que estar pronto e testado para que não haja acidentes. Segurança é palavra de ordem com essas equipes. Além dessa segurança, que é fundamental, existe o perfeccionismo. Cada detalhe da cada prédio ou rancho, ou mangueira ou, até mesmo uma árvore, é concebido e elaborado pela cenografia com a perfeição necessária a cada cena. É nessa equipe que a produção do longa oferece trabalho qualificado à mão de obra local. Os cenógrafos capacitados orientam os operários para que tudo saia perfeito. Uma das dificuldades de um set como o de Santa Fé no Parque do Gaúcho é ser montado e utilizado ao ar livre. “Tudo requer um trabalho mais forte e diferenciado para não termos problema com as filmagens”, explica Rodrigues.
Dificuldades
O departamento de produção lida com várias dificuldades. A primeira delas é, sem dúvida, o custo das locações, do grande número de pessoal contratado e de material utilizado. “Temos uma estimativa de custos e lutamos para não extrapolar”, acrescenta Beto. Entre as equipes básicas trabalham cerca de 180 pessoas. Só para a montagem da cenografia são aproximadamente 70 profissionais. Quando chegar o elenco completo, que nem sempre está todo ao mesmo tempo, a equipe geral chega perto de 300 indivíduos. Tudo é feito em ritmo acelerado, pois o plano de filmagem deve ser obedecido à risca, ainda que possam ocorrer mudanças. Num filme dessa natureza existem ainda cuidados extras como os animais envolvidos, o risco de acidente com os atores. Para evitar essas surpresas são contratados tratadores experientes. Os cabeças de equipe também fazem o que se chama de “Scout” nas locações, eles vão aos locais que serão rodadas as cenas e detalham quais as dificuldades que irão enfrentar. A alimentação rica e boas acomodações para os membros das equipes é preocupação constante para a produção.
O retorno
A presença de uma equipe tão numerosa deixa um saldo positivo para a comunidade, além do intercâmbio cultural. Toda essa gente consome, oferece mão de obra e possibilita a movimentação de recursos financeiros. Beto Rodrigues revela que a assessoria do filme já possui mais de 200 matérias a respeito das atividades. “Estou só aguardando o dia do lançamento do filme aqui em Bagé”, declarou com entusiasmo. “A cidade vai estar eternizada. A escolha de Bagé não foi por acaso. A região da Campanha é um dos grande desenhos geográficos do estado, junto com os Aparados da Serra e o Litoral. Tudo isso vai ficar aqui pronto para que se crie a Rota do Filme, como atração turística”, encerrou Beto.
FRANCISCO BOSCO
BETO: “Bagé será eternizada”
fonte jm
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