sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Hora certa: tradicionais relógios devem ganhar restauro


por: Munique Monteiro

[23H:01MIN] 05/08/2011 - CIDADE

A maioria das tantas horas que passaram nestes 200 anos de Bagé não foram marcadas por sete tradicionais relógios:

ARQUIVO JM

o da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, da Catedral de São Sebastião, da Capela da Santa Casa de Caridade, da CEEE, da Capela de Santo Antônio em Santa Thereza, do Edifício Avenida e da Praça das Bandeiras. O fato é que, mesmo diante de tão importante comemoração, apenas um exemplar está funcionando: o de Santa Thereza. Porém, dois locais possuem projeto para, brevemente, passarem a marcar a hora certa. O Jornal MINUANO, em pelo menos três matérias, abordou o tema, mostrando que, na cidade, em alguns locais, o tempo não passa. Na última publicação, em julho de 2010, já havia esperança de que os equipamentos do Edifício Avenida e da Praça das Bandeiras voltassem a funcionar.
De acordo com o secretário de Atividades Urbanas, Eduardo Mendes, o conserto do relógio da Praça das Bandeiras, local que abrigou o antigo mercado público, está dentro dos objetivos da pasta. Mendes afirma que o estudo que avalia orçamentos e técnicos para o serviço está sendo realizado, e a perspectiva é que, “em breve”, seja arrumado: "temos a ideia de fazer voltar a funcionar", garante sem apresentar uma data definitiva. Já a síndica do Edifício Avenida, Rita Cougo, diz que segue com o mesmo intuito de restaurar a peça. O reparo custava R$ 5 mil em 2007, quando iniciou a busca por patrocinadores, para os quais é oferecido espaço para publicidade no local. "A ideia é restaurar exatamente como ele era, todos os moradores possuem um carinho especial pelo relógio, vamos continuar atrás de empresas que queiram ser parceiras nesse projeto", revela.

Manutenção e dedicação
O único local restaurado e na hora certa é o da Capela de Santo Antônio, do Centro Cultural de Santa Thereza, que requer uma manutenção semanal e muita dedicação. O relógio, que a toda hora exata bate fortemente, e, de meia em meia hora assinala uma batida fraca, é um modelo alemão de 1908 e foi restaurado em 2008. Das mudanças, apenas o sistema de cordas, que ficou elétrico; o restante segue sendo original. Segundo a coordenadora do centro, Eliane Pacheco, o cuidado é intenso, tendo um funcionário se especializado no funcionamento para dar manutenção. "O barulho é lindo, as pessoas gostam de chegar aqui e ver que a hora está certa", comenta. Eliane afirma que o retorno positivo da população traz, não só satisfação, mas também prazer. Mesmo que esteja funcionando, a falta do badalo, que foi roubado na década de 90, é sentida, e por isso não sai do projeto da instituição recuperar a peça, que custa mais de R$10 mil. "Quando se quer, se faz", conclui.

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