por: Glauber Pereira
[00H:59MIN] 21/07/2011 - OPINIÃO
Santa Fé não é só presente, mas está fadada a determinar o crescimento do setor turístico. Coisas da cultura, o maior tesouro de Bagé
Por trás da euforia sobre a confirmação da cidade cenográfica de Santa Fé ser construída em terreno bajeense, há uma dimensão muito mais produtiva e determinante para melhorar o futuro dos bajeenses. E essa análise pouco tem de ficção, ainda que o fator originário seja o cinema e a literatura.
Há algo de muito concreto nessa oportunidade. Em que pese ser a segunda vez que a Rainha da Fronteira passa pela oportunidade de ser cenário de produções com o peso da Rede Globo, é a primeira vez que uma estrutura física será erguida em Bagé. Isso faz lembrar de outra cidade da região, Caçapava do Sul, que recebeu sets do longa-metragem dirigido por Sérgio Silva, Anahy de Las Misiones. Para aproveitar todas as, então reduzidas, chances de exploração turísticas, o município foi presenteado com o carroção que acompanhou a saga retratada no filme e parte dos figurinos, elementos que foram por diversas vezes utilizados em iniciativas locais.
Passados quase 15 anos, é Bagé que tem a oportunidade de sediar uma grande produção e guardar registros reais o suficiente para fazer deles ferramentas de estruturação de um mercado turístico até agora insipiente. Com a cidade cenográfica de uma obra que carrega o espírito da colonização do Rio Grande do Sul – O tempo e o vento, do escritor gaúcho Erico Verissimo – o município terá a chance de ter um verdadeiro templo de adoração ao perfil do gaúcho.
A Santa Fé em Bagé, se bem direcionada, poderá se transformar em um dos maiores pontos turísticos do estado, já que vai imitar na íntegra o estilo e a estética das povoações gaúchas. Assim, poderá facilmente ser transformada em um parque temático. Imagine um parque assim, com segurança, bilheteria e espetáculos permanentes para atrair um fluxo cada vez mais crescente de consumidores do mercado dos free shops.
Santa Fé não é só presente, mas está fadada a determinar o crescimento do setor turístico. Coisas da cultura, o maior tesouro de Bagé.
FONTE JM
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