segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A cidade dos sonhos

Desde que as frágeis estruturas da cidade de Santa Fé ocuparam seu lugar em um espaço concreto na coxilha do Parque do Gaúcho, a aura de imaginário da obra de Erico Verissimo teima em se tornar a cada dia mais real. Construção típica da dramaturgia, suas paredes nunca foram pensadas com o objetivo de abrigar ou dar suporte a um cotidiano verdadeiro. Contudo, não há limites para que o engenho humano possa se ampliar. Prova disso é a presença de uma equipe de técnicos altamente qualificados que prometem, ainda para o final da primeira quinzena de setembro, a apresentação de um projeto completo de utilização da cidade cenográfica. A ação coordenada pela prefeitura busca otimizar os investimentos já aplicados na produção do filme "O Tempo e o Vento". É preciso fazer com que as filmagens leguem para Bagé muito mais do que fotos e autógrafos com celebridades, mas sim, uma grande oportunidade de divulgação, algo capaz de determinar novas fórmulas de investimento. Gerar visitações e renda é o maior objetivo do planejamento ao encargo do coordenador de arte de cenografia do filme, Mauro Moreira, que retorna à Rainha da Fronteira para, agora, dar vida ao vilarejo que antes era apenas um cenário. Os planos fazem previsão de um verdadeiro parque temático que integra atrativos que vão do tema do filme aos atores nele envolvidos; da história do Rio Grande do Sul à biografia do escritor Erico Verissimo. Tudo para abrigar e divertir visitantes num contexto de exploração turística coerente, lucrativa e segura. A realidade que se descortina precisa mudar totalmente o tipo de visitação que ocorre hoje, quando a falta de acompanhamento permite que visitantes desavisados toquem, modifiquem ou tentem colecionar alguns itens existentes na cidade dos sonhos. Além disso, a recepção deve ser qualificada para amparar turistas também na qualidade das informações. Tomara que a vida imite a arte. fonte folha do sul

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