trecho entre as ruas Marechal Deodoro e Coronel José Otávio, incluindo a ponte seca da avenida Presidente Vargas, pode receber espaços para contemplação, um café e um memorial para preservar a história do local. A prefeitura deve transformar o estudo em um projeto e captar recursos junto ao governo federal.
A proposta é de autoria dos arquitetos Magali Nocchi e Marlon Lameira. Conforme Magali, a iniciativa contemplaria o restauro completo da ponte, e das vias urbanas. “O cidadão bajeense irá se apropriar desse espaço urbano, e também tomar conhecimento da história da viação férrea”, explica. A ponte seca foi estabelecida em 1897, no auge das charqueadas, e teve papel importante para o desenvolvimento da economia local. No ano 2000, o local foi declarado patrimônio histórico de Bagé.
A futura obra deve ter orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) no que se refere ao restabelecimento das condições estruturais e plásticas. A arquiteta entende que a população já se utiliza da estrutura de maneira informal, e que uma revitalização estabeleceria a ponte como ponto turístico do município. “O estudo que pode virar um projeto dá ênfase à história, a contemplação, à cultura e ao lazer. A possibilidade de tornar esse espaço, um local tão importante no início do século XX, em um espaço público de qualidade é um desafio”, afirma a arquiteta idealizadora do estudo.
O projeto seria executado em quatro partes, a primeira seria um espaço para contemplação, a segunda ofereceria um café e um memorial de fotos com acervo da viação férrea. A terceira etapa aconteceria na própria ponte seca, com o restauro da estrutura, local seguro para travessia de pedestres e uma rampa de acesso que viria da esquina da avenida Presidente Vargas com a rua Vinte de Setembro. A quarta parte do projeto daria atenção para locais de contemplação.
A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Magda Flores, se diz favorável à proposta, mas toma cuidado em relação ao uso do acervo da viação férrea. “A viação recolheu o material em nível nacional, visando preservar o acervo e memória da rede. Mas estamos no caminho certo, existem recursos para esse tipo de intervenção, tanto no Ministério da Cultura quanto do Turismo, com a ideia de preservação”, explica. A secretária adianta que o projeto necessita de adequações e novas leituras, mas entende que a iniciativa agrada ao executivo.
Para o secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Luis Alberto Gonçalves Silva, a proposta é bem vista pelo prefeito Luis Eduardo Colombo dos Santos. Segundo Silva, como a obra contempla também o entorno da ponte seca, o próximo passo é estimar o custo da intervenção e captar o recurso. “Pensamos em expandir o projeto, para isso formaremos uma equipe de trabalho para orçar essa intervenção cultural e histórica. Queremos tornar esse brilhante projeto em uma agradável realidade", finaliza.
FONTE JORNAL MINUANO
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