segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CEMITÉRIO DA STA CASA

Cemitério da Santa Casa de Caridade é um dos mais antigos do Estado, sendo erguido em 1858. O local é considerado um museu a céu aberto, já que abriga mausoléus e esculturas que são verdadeiras obras de arte.
Instalado em 1858, o atual cemitério de Bagé foi o 4º cemitério construído na cidade. Os três primeiros (onde hoje está o Banrisul, a Praça Esporte e a Santa Casa de Caridade) eram a campo aberto, se proteção contra os animais que ali iam pastar. Foi construído então, um cemitério devidamente protegido, feito para funcionar por muitos anos. O primeiro a ser sepultado no novo cemitério foi o Sr. Libindo Antônio Martins.Encontram-se sepultados no Cemitério de Bagé personagens importantes da história da cidade, do Rio Grande do Sul e do Brasil. Vários veteranos da Guerra do Paraguai estão enterrados aqui, entre eles dois ex-inimigos da Revolução Farroupilha: o líder farrapo General Antônio de Souza Netto e o imperial Coronel João Nunes da Silva Tavares.Em 10 de setembro de 1836, os dois travaram uma das mais importantes e conhecidas batalhas da Revolução. Às margens do Arroio Seival, as tropas do General Netto derrotaram os imperiais, comandados por Silva Tavares, naquela que ficou conhecida como Batalha do Seival. No dia seguinte à vitória, o General Netto proclamou a República Rio-Grandense. Os antigos inimigos hoje descansam bem perto um do outro, estando um túmulo ao lado do outro.
Alguns personagens sepultados no cemitério de Bagé:·
Brigadeiro Antônio de Souza Netto Faleceu em 1º de julho de 1866.·
Coronel João Nunes da Silva Tavares Nascido em 24 de maio de 1819 e falecido em 09 de janeiro de 1906.·
Preto Caxias Maximiano Domingo do Espírito Santo era natural do Rio de Janeiro, filho de escravos, oriundo de Angola. Chegou em Bagé aos 36 anos de idade, como parte do 8º Batalhão de Fuzileiros. Depois de sair do exército, passou a trabalhar na Santa Casa de Caridade, onde foi zelador, enfermeiro e transportador de doentes, praticando inúmeras ações de beneficência. Suas boas atitudes para com os outros lhe valeram muito respeito e consideração do povo bageense, que até hoje continua a prestar homenagens a este grande homem. Faleceu em 1º de julho de 1888.


TEXTO: INVENTÁRIO CULTURAL DE BAGÉ- ELISABETH FAGUNDES

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