O prédio pertence a Sociedade Portuguesa de Beneficência (fundada em 1º de junho de 1870). Uma das construções mais antigas e belas de Bagé, foi construído para ser um hospital destinado a atender portugueses da região, em terreno doado pela província. Foi inaugurado em 27 de novembro de 1878, mas não começou a funcionar com o propósito inicial; foi alugado para o Exército Nacional para abrigar a Enfermaria Militar (1893 a 1898).
Em 1894, um incêndio destruiu vários documentos, como estatutos e plantas do prédio.
O edifício é semelhante ao Palácio de Queluz, em Portugal, onde nasceu e morreu Dom Pedro I. Devido às dificuldades financeiras, os prédios das instituições assistenciais muitas vezes começavam a ser construídos em um estilo e eram concluídos em outro. Este prédio possui arquitetura colonial (janelas), clássica (fachada) e barroca (portão de entrada). Existe no prédio, no final da escadaria, um busto de Luis Vaz de Camões.
Teve vários usos durante o século passado. Após 1914, passou a funcionar como instituição assistencial hospitalar aos portugueses (propósito inicial). Funcionou também como Casa de Saúde, a partir de 1921. Em 1940, voltou aos militares, servindo de quartel e depois hospital, por mais 10 anos. Em 1952 foi inaugurado o Hospital Dr. Cândido Gaffré, funcionando até 1968.
Em 22 de março de 1975 foi transferido para o prédio (após este ter sido restaurado pelo município) o Museu Dom Diogo de Souza. Pertencente à Urcamp, o Museu tem um acervo com mais de 2.000 obras que retratam a história de Bagé e da região, como vestuário, objetos pessoais, artigos de casa (como luminárias e louças) e móveis. Conta ainda com duas hemerotecas (coleções de jornais) e duas fototecas (contendo 15.000 fotos históricas). Atualmente, o prédio passa por reformas e a maior parte do acervo está guardada.
Dom Diogo de Souza – Fundador de Bagé e de Torres. Amigo do Rei Dom João VI, Vice-Rei da Índia, Ministro da Guerra do Rei de Portugal D. Miguel, Primeiro Governador Geral do Rio Grande do Sul e Governador do Norte do Brasil.
Acervos particulares, vultos históricos, personagens importantes para a comunidade, objetos de época, hemeroteca, fototeca e biblioteca. Rua Emílio Guilayn, 759. Fone: 3242 8244, ramal 2250. Aberto das 8h às 11h30min e das 13h30min às 18h, de terça a sexta-feira, e das 13h30min às 17h30min, sábado e domingo.
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